“A autonomia estratégica deve ser a luta da Europa. Não queremos depender dos outros em questões críticas. O dia em que você não tiver mais escolha de energia, de como se defender, de redes sociais, de inteligência artificial porque não temos mais infraestrutura nesses assuntos, você deixa a história por um momento“, disse.
Macron retornou de uma viagem à China de três dias, onde se encontrou com o presidente Xi Jinping. No último sábado (8), militares chineses realizaram exercícios de ataques contra Taiwan.
“O pior seria pensar que nós, europeus, devíamos seguir o exemplo nesta matéria e adaptarmo-nos ao ritmo americano e ao exagero chinês“, afirmou Macron.
Segundo o francês, a Europa deve construir uma posição alternativa entre EUA e China.
“Se houver uma aceleração da conflagração do duopólio, não teremos tempo nem meios para financiar nossa autonomia estratégica e nos tornaremos vassalos enquanto podemos ser o 3º polo se tivermos alguns anos para construí-lo“, declarou.
Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério da Defesa da ilha, foram usados 11 navios de guerra e 70 jatos ao redor de Taiwan. A ação está “cercando” a localidade após a presidente do país, Tsai Ing-wen, ter feito uma viagem aos EUA e se encontrado com expoentes políticos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.