O papa Francisco voltou a lamentar as guerras no mundo e a fazer um apelo pela paz durante a missa da Vigília Pascal, celebrada na Basílica de São Pedro, no Vaticano, neste sábado (8). O tema foi o mesmo da Via Crucis realizada um dia antes.
Conforme o líder católico, às vezes, “nos sentimos impotentes e desencorajados em frente ao poder do mal, aos conflitos que laceram as relações, às lógicas de cálculo e indiferença que parecem governar as sociedades, ao câncer da corrupção, e há tantas outras, ao aumento da injustiça, aos ventos gélidos da guerra”.
Durante a homilia, o Papa ainda convidou os fiéis a não perder a esperança.
“Às vezes, nos encontramos cara a cara com a morte, porque algo nos tirou a doce presença dos nossos entes queridos ou porque veio uma doença ou uma calamidade, e facilmente somos presas da desilusão e a esperança seca.
Assim, por essas ou por outras situações, os nossos caminhos ficam presos na tumba e nós ficamos imóveis a chorar e lamentar, sozinhos e impotentes, repetindo ‘por que?'”, destacou.
Por isso, o pontífice citou a força das mulheres que, como aquelas que anunciaram a ressurreição de Cristo no terceiro dia, “a Páscoa do Senhor nos faz andar para frente, sair da sensação de derrota, rolar a pedra do sepulcro dentro do qual sepultamos frequentemente a esperança”.
“É preciso olhar para o futuro com confiança porque Cristo ressuscitou e mudou a direção da história. O Evangelho da Páscoa nos faz olhar adiante como fez com as mulheres que não ficaram paralisadas perante o túmulo, mas ‘abandonaram rapidamente o sepulcro com temor e grande alegria e correram para fazer o anúncio aos seus discípulos’. Cristo ressuscitou”, pontuou ainda.
De acordo com o líder católico, essa é a mensagem da Páscoa: “recorda e caminha”. “Lembrem-se do primeiro amor, do estupor e da alegria com o encontro com Deus, ande adiante. Recorda e caminha”, acrescentou.
Ao longo da celebração, Francisco ainda fez o tradicional batismo de adultos e oito pessoas foram selecionadas para o momento especial, sendo três da Albânia, duas dos Estados Unidos, uma da Nigéria, uma da Itália e uma da Venezuela.
Neste domingo (9), o Papa celebrará a missa de Páscoa na Praça São Pedro e depois pronunciará a mensagem “Urbi et Orbi”, na qual é esperado um novo apelo pela paz no mundo, considerando ainda o contexto da guerra na Ucrânia e as tensões no Oriente Médio. (ANSA).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.