A ONG Save Ukraine informou, nesta sexta-feira (7), que 31 crianças que foram levadas ilegalmente da Ucrânia para a Rússia retornaram ao seu país de origem. Os jovens foram “sequestrados” nas cidades de Kherson e Kharkiv.
“Tanto as crianças quanto seus pais têm uma recuperação psicológica e física pela frente. E continuaremos cuidando deles até que as famílias voltem para suas casas”, informou a organização humanitária em comunicado.
Um vídeo compartilhado por Mykola Kuleba, fundador da Save Ukraine, mostra as crianças se reunindo para entrar em um ônibus. Elas estavam carregando algumas malas e algumas até mesmo bichinhos de pelúcia.
Сhildren abducted by Russians from the Kherson and Kharkiv regions have been reunited with their families after several months of separation. They are now safe but in need of psychological and physical recovery. Follow the updates. pic.twitter.com/03zmQGvyZP
Segundo o documento, desde o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, há cerca de um ano, algumas crianças de, às vezes, quatro meses eram destinadas para 43 acampamentos localizados em todo o território russo, incluindo a Crimeia, região anexada por Moscou. Nestes locais, as crianças receberiam uma “educação patriótica” pró-Rússia.
O relatório, que é escrito pelo laboratório de pesquisa humanitária da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, diz que “é inconcebível que se trate de transferências e deslocamentos forçados de crianças”. Ele ainda pede que as autoridades russas “parem imediatamente” com a ação, e que “devolvam as crianças às suas famílias”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.