Dois homens foragidos da Justiça foram presos, nesta sexta-feira (20.12), em ações para cumprimento de mandados judiciais, após investigação da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá).
O primeiro preso vinha sendo procurado desde o ano de 2020, por homicídio e tentativa de feminicídio ocorrido em Cáceres.
Conforme apurado pela DEDM de Cáceres, o crime ocorreu no mês de agosto, quando o suspeito, após se desentender com a sua esposa, desferiu um golpe de canivete na mulher e no cunhado, que foi atingido na região do pescoço e acabou indo a óbito.
Os policiais civis identificaram o paradeiro dele, na cidade de Glória de Dourados, no Estado de Mato Grosso do Sul, durante as investigações.
Diante das informações foi solicitado apoio da Delegacia de Polícia de Glória de Dourados, que, em conjunto com a DEDM de Cáceres, efetuou a prisão do procurado.
Outra prisão
O segundo foragido da Justiça da Comarca de Cáceres preso nesta sexta-feira (20.12) estava com a prisão preventiva decretada por lesão corporal, ameaça e perseguição contra sua ex-namorada.
O suspeito agrediu a vítima com socos no rosto na última sexta-feira (13), razão pela qual a delegada da DEDM de Cáceres, Paula Gomes Araujo, representou pelo pedido de prisão preventiva, deferido pela Segunda Vara da Comarca local.
“Com mais essas duas prisões nesta sexta-feira (20), a DEDM de Cáceres completa 22 mandados de prisão cumpridos neste ano, contra autores de crimes de violência doméstica e familiar. O número é reflexo da dedicação e comprometimento dos policiais civis da delegacia especializada”, destacou a delegada.
O Comitê Estadual de Gestão de Fogo realizou, nesta quinta-feira (19.12) e sexta-feira (20.12), uma série de palestras, mesa redonda e debates com objetivo de promover análises sobre a temporada de incêndios florestais em 2024 e discutir perspectivas para 2025. O evento teve a participação de especialistas de órgãos que compõem o Comitê do Fogo e Instituições convidadas.
“Já se esperava que o ano de 2024 seria um ano atípico. A seca estava muito avançada e isso fez com que o Estado tivesse recorde de focos de calor, porém não tivemos um número de incêndios tão alto. Hoje, o Governo de Mato Grosso é um modelo de execução de política pública no combate aos incêndios. Nossa plataforma de monitoramento é exemplo, porém as condições climáticas têm nos mostrado que temos que nos preparar cada vez melhor”, destacou o presidente do Comitê Estadual de Gestão do Fogo e secretário Executivo de Estado de Meio Ambiente, Alex Marega.
Uma das ações do Estado para aumentar a coordenação no combate ao fogo foram as reuniões semanais na Sala de Situação, localizada no Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT), para fortalecimento do monitoramento, prevenção, preparação e resposta aos incêndios florestais. Participaram das reuniões órgãos do Governo Federal, Estadual e municipais, além do setor privado.
“A integração dos órgãos é muito importante para o sucesso das ações. A abertura das estradas e equipamentos pesados que a Sinfra disponibilizou para que os bombeiros pudessem chegar até os incêndios foi fundamental. Para o ano que vem, é preciso trabalhar a questão dos investimentos. Este ano tivemos um ano mais seco que 2020, mas com bem menos incêndios pelo preparo que foi feito. Estamos todos falando a mesma linguagem e temos que continuar assim”, avaliou o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Carlos Avallone.
O secretário Executivo do Comitê Estadual de Gestão do Fogo e mediador do evento, coronel do Corpo de Bombeiros, Dércio Santos da Silva, destacou as vantagens da reunião das entidades como fortalecimento das parcerias, compartilhamento de experiência e desenvolvimento de políticas públicas baseadas em evidências de boas práticas.
“Foram dois dias intensos de avaliações, reflexões, aprendizados e perspectivas. Na avaliação das ações, praticamos a identificação e mitigação de vulnerabilidade, as melhorias e inovações para prevenção e combate a incêndios nas áreas de gestão e tecnologia, otimização de recursos humanos e materiais, envolvimento de lideranças locais e preservação de ecossistemas”, apontou.
A analista ambiental da Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema, Danny Moraes, apresentou a Palestra “Fauna Silvestre Desafios e Perspectivas” e mostrou os empreendimentos para receber animais vítimas das queimadas.
“Nosso objetivo é que, com os cuidados e reabilitação de animais silvestres vítimas de queimadas, eles possam voltar a natureza. A alimentação, por exemplo, é muito importante, com atenção para alimentos que ele possa encontrar no seu habitat natural em vida livre, assim como as capacitações contínuas e a diminuição do tempo resposta que conseguimos com os voluntários e veterinários contratados”, apontou.
Participaram também das palestras e mesas redondas, o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), militares do Corpo de Bombeirs de Mato Grosso do Sul, representantes do Instituto SOS Pantanal e pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).