O prefeito de Nova Mutum, Leandro Félix, afirmou que, com os recursos aplicados pelo Governo de Mato Grosso, as prefeituras só não fazem investimentos na educação se não quiserem.
“O Governo está presente em todos os municípios. Hoje, especificamente em relação a educação, nós estamos recebendo muitos recursos e investimentos, então só não faz quem não quer. Tenho certeza que nós também, fazendo o nosso dever de casa com a educação básica e o Estado com o ensino médio, vamos alcançar resultados positivos. Estamos tendo um alinhamento muito forte”, avaliou.
A declaração do prefeito Leandro Félix se deu durante a apresentação dos resultados do Indicador do Processo de Ensino e Aprendizagem (Ipea/MT), que apontou avanços na educação e alfabetização dos alunos mato-grossenses neste ano de 2024, além da assinatura de financiamento de US$ 100 milhões com o Banco Mundial e assinatura de repasses de mais de R$ 110 milhões para infraestrutura escolar em 23 municípios, nesta quarta-feira (18.12). Nova Mutum recebeu R$ 19,5 milhões para construção e reforma da Escola Estadual Rui Barbosa.
Leandro apontou que, por muitos anos, os municípios foram esquecidos na área da educação e não recebiam investimentos do Estado. “Praticamente, nos virávamos, aportávamos recursos com o que tínhamos e os que não conseguiam recebiam ajuda das prefeituras vizinhas que tinham mais condições. Hoje, todos têm recebido recursos e investimentos na educação”, disse.
O prefeito destacou que, por conta desses investimentos, os municípios “têm sentido na pele o quanto a educação está evoluindo no Estado”. “Vamos nos inspirar no que o Estado está fazendo para aplicar no nosso dia a dia com os nossos alunos do ensino fundamental”, concluiu.
Estudantes da Escola Técnica Estadual (ETEC) de Campo Verde desenvolveram um tijolo feito à base de resíduos de algodão, que pode reduzir a temperatura dos ambientes e valor das obras, além de ajudar o meio ambiente. O projeto foi elaborado no curso Técnico em Têxtil da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci).
Chamado de “EcoTijolo”, o projeto teve início com a coleta dos resíduos sólidos gerados no beneficiamento do algodão, uma das principais culturas agrícolas de Campo Verde. Foram usados caroços, fibras residuais e partículas, que foram então secados ao sol para remoção de umidade e triturados.
De acordo com os alunos, o uso dos resíduos (fibrilha) reduz o custo de produção, o que deixa o produto mais atrativo economicamente. Posteriormente, o material foi misturado com proporções específicas de areia e cimento, passando depois por testes laboratoriais que comprovaram uma resistência similar a dos tijolos convencionais.
Participaram do trabalho os estudantes: Evandro Carlos Almeida de Aguiar, João Gabriel de Oliveira Mello, João Kelwin Nunes Pereira, Karllos Henrik de Azevedo Alves e Victor Gabriel dos Santos.
A orientadora do projeto, Manoela Lara Dias, afirma que esse é mais do que um exemplo de inovação tecnológica. Segundo ela, é uma solução prática que une o setor agrícola, educacional e social em prol de um futuro mais sustentável e inclusivo.
“Ideias como essa colocam a Escola Técnica de Campo Verde como referência em sustentabilidade, enquanto transforma os resíduos em possibilidades”, avalia a professora.
Manoela também destacou o potencial do projeto em fortalecer laços entre a Escola Técnica e a comunidade.
“A utilização de EcoTijolos em obras locais, como escolas, centros comunitários e residências, reforça o impacto social do projeto. Os alunos envolvidos ganharam novas habilidades práticas e uma visão empreendedora, formando uma geração de profissionais comprometidos com soluções criativas e sustentáveis para os desafios atuais”.
Os resultados da fabricação do Ecotijolo com resíduos de algodão demonstraram alta viabilidade técnica e ambiental. Isso porque, além de reduzir o desperdício gerado pela cultura do algodão, contribui para a preservação ambiental ao minimizar a extração de recursos naturais e a emissão de carbono. Também alia economia circular e eficiência energética, promovendo construções mais ecológicas e acessíveis. Chama atenção ainda o fato desse tipo de material deixar as construções mais frescas.
O estudante Evandro Carlos ressalta que o apoio da escola foi importante para o desenvolvimento do projeto, principalmente por parte da professora orientadora. Cita ainda que o desenvolvimento do trabalho contribui com o processo de aprendizagem.
A Seciteci conta atualmente com 15 escolas técnicas. Em 2025, serão 17 unidades ofertando cursos vocacionados para demandas de cada região de Mato Grosso, como Agronegócio, Agricultura, Enfermagem, Meio Ambiente, Saúde Bucal, entre outros.