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Agronegócio

Custos disparados na produção de açúcar e etanol ameaçam competitividade do setor

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A presença da broca-da-cana (Diatraea saccharalis), principal praga da cultura da cana-de-açúcar, tem gerado prejuízos significativos no setor sucroenergético, elevando os custos de produção de açúcar e etanol.

Um estudo conduzido pelo Pecege Consultoria e Projetos, em parceria com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), divulgado na página da Radar Sucroenergético, revelou que a infestação de 8,5% na planta aumenta o custo de processamento do açúcar branco em 6%, subindo de R$ 218 para R$ 231 por tonelada.

Na produção de etanol, os impactos são ainda mais graves: o custo salta 18%, de R$ 235 para R$ 285 por tonelada.

A broca-da-cana ataca a planta alimentando-se das folhas e, posteriormente, do colmo, o que compromete a qualidade da matéria-prima e reduz a eficiência fermentativa. Esses fatores impactam diretamente os custos agroindustriais, prejudicando tanto a produção de açúcar quanto de etanol, conforme aponta o levantamento.

Os desafios não se limitam às pragas. O relatório mais recente da safra 2024/25, elaborado pelo Sistema FAESP/SENAR-SP com base em dados da Conab, mostra uma retração de 4,8% na produção nacional de cana-de-açúcar, estimada em 678,7 milhões de toneladas. No estado de São Paulo, responsável por mais de 50% da produção, a queda foi ainda mais acentuada, chegando a 9,2%, com uma colheita de 348,2 milhões de toneladas.

Essa redução está ligada a condições climáticas adversas, como chuvas irregulares, ondas de calor e incêndios, que afetaram a produtividade. Apesar disso, o mercado internacional de açúcar, impulsionado por preços elevados, levou as usinas a priorizarem sua produção em detrimento do etanol.

Enquanto o etanol de cana registrou queda de 2,8% na produção total, o etanol de milho continua a crescer, com aumento de 22,1% em relação ao ciclo anterior, alcançando 7,22 bilhões de litros e representando 20% da produção nacional.

Os resultados reforçam a urgência de estratégias eficazes para combater a broca-da-cana e mitigar os impactos econômicos. Além disso, o estudo destaca a relevância de acompanhar as dinâmicas de mercado e os desafios climáticos para a tomada de decisões no setor.

A busca por maior eficiência e alternativas sustentáveis, como o etanol de milho, é essencial para assegurar a competitividade do setor sucroenergético brasileiro frente às mudanças globais.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Produto mineiro chega a 86 países e rende R$ 37,2 bilhões

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As exportações de café de Minas Gerais confirmam a força do estado como referência global no setor. De janeiro a outubro de 2024, o café mineiro chegou a 86 países, totalizando 25,1 milhões de sacas exportadas e gerando uma receita de R$ 37,2 bilhões. O produto representou 44% das exportações agropecuárias do estado, consolidando sua posição como carro-chefe do agronegócio mineiro.

A China manteve a posição de maior comprador do café mineiro, enquanto a Bélgica se destacou com um aumento de 125% nas aquisições, totalizando R$ 3,6 bilhões, e subindo para a 4ª posição entre os principais mercados.

A performance supera os números de 2023, quando o estado exportou 25,6 milhões de sacas e arrecadou R$ 33 bilhões. O agronegócio representa 40,3% das exportações totais de Minas Gerais, com expectativa de atingir R$ 102 bilhões em receitas este ano. Além do café, o portfólio inclui soja, produtos sucroalcooleiros, carnes e produtos florestais, que juntos correspondem a outros 41% das exportações do estado.

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes, atribui o sucesso ao reconhecimento da qualidade e sustentabilidade do agro mineiro. “Os produtores têm investido em tecnologia e práticas que atendem às demandas dos mercados internacionais, garantindo produtos competitivos e ambientalmente responsáveis”, afirmou.

Em outubro, o café mineiro influenciou positivamente as exportações do agronegócio, que registraram R$ 9 bilhões em receitas, alta de 23% em relação ao mesmo mês de 2023. A valorização do grão compensou a redução de 13% no volume exportado, refletindo a busca por produtos premium no mercado internacional.

Com forte demanda global e estratégia bem estruturada, Minas Gerais reafirma sua posição de liderança no setor cafeeiro, conectando a excelência dos grãos mineiros aos principais mercados do mundo.

Fonte: Pensar Agro

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