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MATO GROSSO

Auditoria do TCE-MT aponta fragilidades no combate à violência contra mulher e apresenta soluções ao estado e municípios

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Crédito: Thiago Bergamasco/TCE-MT
Ilustração
As propostas do TCE-MT foram validadas pelas instituições que fazem parte da auditoria. Clique aqui para ampliar.

O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) apresentou, nesta segunda-feira (25), os resultados da auditoria sobre políticas públicas de combate à violência contra a mulher. No total, a fiscalização identificou 10 fragilidades nas ações municipais e estaduais, resultando em uma série de recomendações e determinações que buscam fortalecer a rede de proteção às vítimas. Para garantir a efetividade do trabalho, que ainda está em fase de execução, as propostas foram validadas pelas instituições que fazem parte da auditoria.  

Anunciada em março deste ano pelo presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, a fiscalização considera os altos índices de feminicídios registrados no estado, líder no ranking nacional de 2023 com 2,5 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O trabalho é conduzido pela 2ª Secretaria de Controle Externo (Secex), com apoio da Comissão Permanente de Segurança Pública, presidida pelo conselheiro Waldir Teis, que também é o relator do processo.  

“O painel de achados que apresentamos hoje foi feito para que os jurisdicionados pudessem verificar se as recomendações e determinações que estamos propondo estão de acordo com a realidade e são exequíveis. Agora, vamos confeccionar o relatório final e abrir para que eles possam se manifestar formalmente no processo, que retorna ao Tribunal para que façamos as considerações sobre essas manifestações”, explicou a auditora pública-externa Simony Jin, que coordena os trabalhos e conduziu a reunião. 

A partir da análise de questionários, entrevistas, dados coletados in loco e da comparação com os índices de outros estados, a equipe constatou, por exemplo, que a criação da Secretaria Estadual da Mulher poderia garantir o direcionamento de recursos específicos para o tema e a articulação de ações. “A secretaria não só traz uma unidade de recursos como também facilita essa articulação entre as instituições para que seja possível executar esse orçamento e prestar uma melhoria nos serviços da rede de atendimento às mulheres”, afirmou Simony.  

Neste contexto, o secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Segurança Pública, coronel Héverton Mourett de Oliveira, destacou que o Estado lançou este ano a Superintendência de Políticas Públicas para as Mulheres. “O governo precisa fazer a sua avaliação para tratar do assunto e eu acredito que é algo para se avançar. Já temos implementado ações para dar atenção ao tema, mas, quando alguém de fora faz um raio x de tudo isso, você tem um outro olhar. Nesse sentido, essas recomendações serão bem-vindas para que possamos propor as medidas adequadas”, disse. 

A secretária de Assistência Social e Cidadania, Grasielle Paes Silva Bugalho, também falou sobre o avanço das ações estaduais e defendeu que parte dos problemas constatados pode ser resolvida a partir da definição de políticas públicas para as mulheres na legislação.  “Nós não temos uma lei orgânica que defina o que é a política pública para mulher, que defina o cofinanciamento disso. Estamos esperando ansiosamente por algo que ordene isso no país e que deixe claro qual é a atribuição de cada ente federativo.” 

Com relação ao acesso das vítimas à Justiça, a defensora pública-geral Maria Luziane Ribeiro de Castro explicou que os primeiros passos para ampliar este atendimento foram dados no ano passado, quando a Defensoria estendeu seus serviços a todas as comarcas do estado. Agora, o segundo passo é reforçar a atenção à população hipervulnerável. “Quando se fala de uma mulher em situação de violência, ela está numa condição de hipervulnerabilidade, então aí é o momento de se fazer um atendimento especializado. O nosso foco para 2025/2026 é justamente criar e estruturar núcleos para garantir isso.” 

O diálogo com os jurisdicionados vem sendo mantido desde a etapa de planejamento da auditoria, que contou com sugestões de representantes da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), Secretaria de Estado de Assistência Social (Setasc), Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Defensoria Pública (DPMT), Ministério Público (MPMT), Secretaria Municipal de Mulher, dentre outros.

Secretaria de Comunicação/TCE-MT 
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br

Fonte: TCE MT – MT

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MATO GROSSO

Câmeras do Vigia Mais MT auxiliam na prisão de suspeito de feminicídio foragido de Goiás

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Câmeras de videomonitoramento do Programa Vigia Mais MT instaladas na cidade de Água Boa (730 km de Cuiabá) auxiliaram na prisão de um suspeito de feminicídio fugitivo do Estado de Goiás. O homem, de 29 anos, havia praticado o crime contra a companheira, de 30 anos, na cidade de Faina, na madrugada do dia 24 de novembro, e fugido no carro da vítima.

Após troca de informações entre as Polícias Militares de Mato Grosso e Goiás e consulta nas câmeras OCR do Vigia Mais, que permitem a leitura de placa de veículos, os policiais militares do 16º Batalhão, unidade do 13º Comando Regional, localizaram o suspeito.

No momento da prisão, que aconteceu no fim da tarde de domingo (24), ele consumia cerveja em uma distribuidora de bebidas no Bairro Universitário.

Durante a abordagem e busca pessoal, o homem confessou a autoria do crime alegando motivos passionais. De acordo com ele, o relacionamento com a vítima durou cerca de seis anos e seis meses.

O homem foi conduzido, juntamente com o veículo da vítima, para a sede do 16º Batalhão, para as devidas providências legais.

Em Água Boa foram instaladas 85 câmeras do Programa Vigia Mais MT.

Fonte: Governo MT – MT

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