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MATO GROSSO

Presidente do TCE-MT defende igualdade de direitos em celebração dos 35 anos da Constituição do Estado

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Crédito: Tony Ribeiro/TCE-MT
Ilustração
Conselheiro-presidente do TCE-MT, Sérgio Ricardo, em comemoração dos 35 anos da Constituição do Estado. Clique aqui para ampliar.

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, defendeu ações que garantam a igualdade de direitos entre os cidadãos, conforme previsto na Constituição do Estado, que teve seus 35 anos celebrados nesta segunda-feira (18). A data foi comemorada na Assembleia Legislativa (ALMT) com cerimônia que reuniu autoridades locais e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Gilmar Mendes.

Sérgio Ricardo, que foi deputado estadual por três mandatos e presidente da ALMT, também destacou a importância da democracia, dos poderes constituídos, da Constituição Federal e da Constituição Estadual. “A Constituição é a bússola de uma nação, é a bússola de um povo e é o que garante os direitos coletivos e individuais de cada cidadão”, disse. Além disso, apontou a necessidade de se discutir a igualdade de direitos. “É o momento de discutirmos se todos são iguais no Brasil e em Mato Grosso. Eu tenho dito que não. Em Mato Grosso nós temos ilhas de prosperidade e ilhas de miséria, temos ilhas de emprego e ilhas de desemprego. Nós temos ilhas totalmente diferentes umas das outras”, completou. 

Neste contexto, reforçou o papel da legislação estadual na definição de políticas públicas que alcançam a todas as faixas da população, garantindo justiça social. “Principalmente o estado de Mato Grosso, que é um dos que mais cresce no Brasil, é um dos estados que mais necessita de políticas públicas que garantam o cumprimento das demandas que são determinadas pela Constituição. Nós ainda temos muito o que buscar e a Constituição é a nossa guia”, completou.

Promulgada no dia 5 de outubro de 1989, a nova Constituição do Estado representa um marco histórico do processo de redemocratização do Brasil, após duas décadas de ditadura militar. Os deputados estaduais que participaram da sessão constituinte entre 1988 e 1989, incluindo o atual ouvidor-geral do TCE-MT, conselheiro Antonio Joaquim, também foram homenageados durante a sessão especial. 

Na ocasião, foram concedidos os títulos de Cidadão Mato-Grossense aos ministros Flávio Dino e Alexandre de Moraes. Já ao mato-grossense Gilmar Mendes foi entregue a outorga da Comenda Marechal Cândido Rondon, destinada a personalidades que têm relevantes serviços prestados ao estado. Ao longo da manhã, eles falaram sobre a evolução das normas, os desafios na implementação e as perspectivas futuras para fortalecimentos dos direitos fundamentais e do Estado Democrático de Direito. 

Em palestra sobre “Direitos Fundamentais e o STF: Proteção e Efetividade”, Gilmar Mendes explicou que a Constituição de 1988 trouxe avanços significativos aos direitos sociais, como o direito à educação e o direito à saúde e falou sobre o papel das legislações dos estados. “O fato de termos uma Constituição exaustiva não exime o constituinte estadual de criar direitos reconhecíveis, porque o modelo federativo, de alguma forma, resta fortalecido e isso é um dado extremamente positivo.”

Já Flávio Dino palestrou sobre “O STF e a Proteção do Meio Ambiente: Entre a Constituição e a Sustentabilidade”, reforçando o papel da produção agrícola para o avanço do país e a proteção dos biomas. “As mudanças climáticas são uma realidade e atingem a todos, porém a alguns de forma mais contundente do que outros. Há também razões econômicas, produzimos soja para o mercado externo e, sem sustentabilidade, poderemos sofrer sanções e ficar impedidos de vender”, afirmou.

Alexandre de Moraes, por sua vez, tratou sobre “O STF e a Crise da Democracia: Reflexões e Respostas”, ressaltando que a falta de eficiência, a corrupção e a falta de regulação das redes sociais prejudicam o regime democrático. “Este é o regime que mais deu retorno à população no mundo e vem sofrendo com o novo populismo extremista digital”, disse em explicação sobre a manipulação dos temores da população por algoritmos. “Existe uma parcela que passou a se sentir prejudicada pela inclusão de outras parcelas da sociedade”, completou.

Anfitrião da comemoração, o presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho, destacou o histórico de lutas dos deputados envolvidos na construção do documento. “É um legado construído por aqueles que, com bravura e determinação, lutaram por um Brasil mais justo. Muitos de nós vivemos momentos de dor e resistência, enquanto outros, nossos jovens, conhecem essas histórias apenas por relatos. Portanto, hoje, mais do que celebrar, precisamos falar das vozes que, com coragem, se levantaram em defesa da liberdade e da dignidade.”

Prestigiando o evento, o governador Mauro Mendes ponderou que a polarização política partidária, a disseminação de informações falsas e a corrupção são as principais ameaças à democracia hoje. “Não podemos deixar que percamos o senso do que é certo e do que é errado, para que nós possamos, daqui a alguns anos, estar aqui ou em qualquer canto do Brasil comemorando a democracia. Comemorando mais alguns anos e décadas da nossa Constituição, mas que ela possa trazer uma prosperidade social. Que ela possa trazer igualdade.”

Secretaria de Comunicação/TCE-MT 
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br

Fonte: TCE MT – MT

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MATO GROSSO

Escola estadual de Colíder organiza sarau em alusão ao mês da consciência negra

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Em alusão ao mês da Consciência Negra, alunos e professores da Estadual Professora Alzira Maria da Silva, localizada em Colíder (MT), organizaram um sarau com apresentações artísticas, danças, palestras e performances no pátio da escola. A comunidade escolar realiza as atividades há doze anos.

Na edição deste ano, a escola também decidiu incluir a questão da cultura dos povos indígenas.

De acordo com o professor de História e um dos organizadores do sarau, Cláudio Scalon, o Dia da Consciência Negra não apenas celebra a luta e resistência dos afrodescendentes no Brasil. “O momento é ideal para a promoção de reflexões sobre igualdade racial e valorização da cultura, seja ela afro ou indígena”, explicou ele.

As atividades do sarau começaram no dia 13 de novembro com ações que continuaram em sala de aula até esta terça-feira (19.11). “Na verdade, é uma discussão que permeia durante todo o ano letivo. Afinal, a questão racial está presente em nosso cotidiano todos os dias”, completou Cláudio.

O diretor da escola, o professor Luiz Lopes Consone Junior, também destacou a conscientização de que a escola pertence a todas as culturas nela existentes e, seus saberes culturais compartilhados, devem partir sempre do respeito à diversidade e as diferenças.

“Há de se destacar alguns pontos relevantes da nossa programação”, acrescentou o diretor, enumerando como destaques o envolvimento dos estudantes, legitimidade, autenticidade e riqueza das manifestações culturais nas palestras interativas, danças, poemas, coreografias, mostra de artefatos e artesanato e pinturas corporais.

As ações do mês da Consciência Negra na escola tiveram apoio de interlocutores do Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial, Unemat, lideranças dos povos indígenas, Funai, Instituto Amazonas e, sobremaneira, dos coordenadores pedagógicos Fabiano Joaquim da Costa, Adriana Aparecida de Carvalho Pereira e Rosa Pereira Paes, além dos demais profissionais da educação e dos estudantes.

Fonte: Governo MT – MT

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