O período de chuvas em Mato Grosso iniciou em outubro e seguirá até o mês de abril. Neste período, acende o alerta para o aumento de picadas de animais peçonhentos, como serpentes, escorpiões e aranhas. Diante disso, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) orienta a população sobre quais as medidas adequadas em caso de contato com estes animais.
Animais peçonhentos são aqueles que produzem veneno e têm condições naturais para injetá-lo em presas ou predadores. Além das serpentes, escorpiões e aranhas, também se enquadram em animais peçonhentos as abelhas, vespas, marimbondos, lacraias e arraias.
Um dos animais que mais surgem no período chuvoso é o escorpião. Segundo dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), em 2023 foram notificados 1.673 acidentes com escorpiões em Mato Grosso. Neste ano, de janeiro a 8 de novembro, já foram registrados 1.066 acidentes no Estado.
A picada de um animal peçonhento pode causar irritação, dor e inflamação na pele. Em alguns casos, pode até mesmo apresentar complicações e risco de morte.
Por isso, é importante adotar medidas para evitar o contato com esses animais e procedimentos de emergência em casos de acidente.
Veja as orientações:
Em caso de acidente com animal peçonhento, busque atendimento médico imediatamente, de preferência hospitalar;
Informe ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como: tipo, cor, tamanho, entre outras (se possível registro fotográfico para facilitar a soroterapia específica);
Se possível e caso não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lave o local da picada com água e sabão (exceto em acidentes por águas-vivas ou caravelas);
Mantenha a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao pronto-socorro;
Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retire acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados.
O que não fazer?
Não fazer torniquete ou garrote, não furar, cortar, queimar ou espremer o local da picada;
Não fazer a sucção no local da ferida;
Não aplicar qualquer substância sobre o local da picada, nem fazer curativos que fechem o local, pois isso pode favorecer infecções.
Medidas de prevenção:
Examinar calçados e roupas antes de usá-las para verificar se há algum animal escondido;
Usar calçados adequados e luvas para atividades em jardins e quintais;
Vedar buracos em paredes, forros e assoalhos para evitar a entrada destes animais;
Evitar deixar sapatos do lado de fora e pendurar roupas fora de armários;
Limpar regularmente os quintais, janelas, rodapés e não acumular lixo orgânico e entulhos;
Combater a proliferação de insetos como baratas e cupins, pois atraem escorpiões.
Em caso de emergência, contate imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) ou o Corpo de Bombeiros (193).
O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) resgatou um cachorro, um porco-espinho e um tamanduá-mirim que se encontravam em situações de risco em diferentes municípios do interior do Estado. As ocorrências foram atendidas na sexta-feira (15.11) e no sábado (16.11).
Neste sábado, em Guarantã do Norte (709,8 km de Cuiabá), a equipe do 4º Núcleo Bombeiro Militar (4ºNBM) foi acionada às 08h30 para capturar um tamanduá-mirim que havia se abrigado na garagem de uma residência, no centro da cidade.
Ao chegar ao local, os bombeiros militares encontraram o animal acuado, tentando se esconder atrás de um pneu. Com cuidado, a equipe utilizou um cambão para realizar a captura do tamanduá-mirim, que foi levado até uma área de mata e solto em seu habitat natural.
Já em Campo Verde, também neste sábado, a 11ª Companhia Independente Bombeiro Militar (11ª CIBM) foi chamada para socorrer um cão da raça pastor alemão que apresentava dificuldades para respirar, após se enroscar em fios de telefone e não conseguir ser libertado pelos seus tutores.
No local, uma residência no bairro Jardim América, os bombeiros militares encontraram o cachorro acorrentado a uma árvore, com uma das patas enroladas em um fio, o que causava sufocamento e lesões. O animal demonstrava muita dor e ficava agressivo, dificultando o atendimento.
Para garantir a segurança de todos, foi necessário o uso de um cambão para controlar o animal e um alicate de corte para remover o fio e a coleira. Após a liberação, os bombeiros militares orientaram o tutor a levar o cachorro ao veterinário para avaliação de possíveis ferimentos.
Ainda em Campo Verde, a equipe da 11ª CIBM resgatou, na sexta-feira, um porco-espinho que estava preso na copa de uma árvore, em frente a uma residência no bairro Estação da Luz. O animal foi retirado com cuidado do local e, em seguida, solto em uma área de mata distante da área urbana.