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Agronegócio

Senado aprovou marco regulatório do mercado de carbono

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Como o Pensar Agro informou no início da semana, o Senado discutiu e aprovou na quarta-feira (13.11) o substitutivo da senadora Leila Barros ao projeto de lei 182/2024, que regulamenta o mercado de crédito de carbono no Brasil. A proposta, que cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), retorna à Câmara dos Deputados para nova análise, devido às alterações realizadas pelos senadores.

O mercado de carbono é uma ferramenta que permite a empresas e países compensarem suas emissões de gases de efeito estufa por meio da compra de créditos vinculados a projetos de preservação ambiental. O marco regulatório busca incentivar a redução das emissões poluentes e apoiar o cumprimento das metas climáticas assumidas pelo Brasil no Acordo de Paris.

Inicialmente previsto para ser votado em 5 de novembro, o projeto teve sua análise adiada devido à complexidade do texto. Após novas discussões e ajustes, a votação foi concluída em uma sessão retomada na quarta.

A relatora Leila Barros destacou que o projeto é essencial para combater as mudanças climáticas e posicionar o Brasil como protagonista ambiental global. Ela ressaltou que a regulamentação permitirá que o país evite barreiras comerciais, como o mecanismo de ajuste de fronteira de carbono da União Europeia, além de atrair investimentos, fomentar o mercado voluntário de carbono e financiar a transição energética.

Leila destacou que o texto final manteve 80% do conteúdo aprovado pela Câmara, após consultas a representantes do governo, deputados e senadores. “Este projeto é histórico, não apenas para o Brasil, mas também para nossa legislatura”, afirmou emocionada, sob aplausos dos colegas.

O marco regulatório busca promover a preservação ambiental, especialmente na Amazônia. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) destacou que a floresta em pé precisa ter mais valor econômico que o desmatamento. Ele afirmou que o projeto ajudará a financiar iniciativas para a proteção da região e beneficiar sua população.

O senador Omar Aziz reforçou a necessidade de união entre os setores ambiental e agropecuário, evitando um antagonismo que possa atrasar o avanço do Brasil. “Juntos somos mais fortes. Precisamos discutir soluções para o nosso país sem transformar isso em uma luta de classes”, afirmou.

Embora tenha recebido apoio significativo, o projeto também enfrentou resistência. O senador Eduardo Girão e outros parlamentares expressaram preocupação com os custos que o mercado de carbono pode gerar para a produção nacional. Girão questionou o benefício real do projeto, afirmando que seria uma forma de atender a pressões externas.

O senador Marcio Bittar foi mais crítico, classificando o debate sobre o impacto do dióxido de carbono no clima como “baseado em premissas falsas”. Para ele, o Brasil está sendo coagido a impor dificuldades a si mesmo sem garantia de retorno.

O projeto de lei agora retorna à Câmara dos Deputados, onde as alterações feitas pelo Senado serão analisadas. Caso aprovado, o Brasil estará mais próximo de implementar um marco regulatório para o mercado de carbono, alinhando-se às práticas internacionais e fortalecendo sua posição como líder ambiental global.

O desfecho marca um passo significativo para a política climática do Brasil, em meio a um cenário global de crescente urgência por ações concretas contra as mudanças climáticas.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Agronegócio brasileiro bate recorde com mais de R$ 83 bilhões

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As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram, em outubro, o maior valor já registrado para o mês, somando R$ 83,12 bilhões. O crescimento de 6,2% em relação ao mesmo período de 2023 foi impulsionado por volumes históricos de produtos como café, carne bovina e farelo de soja, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária nesta quinta-feira (14.11).

O agronegócio representou quase metade (49,2%) das exportações totais do Brasil entre janeiro e outubro de 2024, consolidando-se como um dos pilares da balança comercial do país.

Entre janeiro e outubro de 2024, o setor acumulou exportações de R$ 816,27 bilhões, representando um aumento de 0,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O resultado reflete a recuperação do agronegócio após meses de retração, revertendo a tendência negativa registrada até agosto e setembro.

Seis cadeias produtivas representaram 82% das exportações do agronegócio em outubro: soja, carnes, açúcar e etanol, café, cereais e produtos florestais. Entre os destaques, o setor de carnes registrou R$ 14,58 bilhões em exportações, um aumento de 38%, alcançando recordes históricos em carne bovina e carne bovina in natura.

Outros produtos também tiveram crescimento expressivo nos volumes exportados. O açúcar de cana bruto teve aumento de 1 milhão de toneladas; o farelo de soja, 500 mil toneladas; e a celulose apresentou crescimento similar. Esses resultados reforçam a liderança do Brasil no mercado agrícola global.

Embora o volume exportado tenha crescido 3,7% e os preços médios tenham aumentado 2,5%, o setor ainda enfrenta desafios, como a queda nos preços de produtos estratégicos, especialmente a soja. Entre janeiro e outubro, as exportações da oleaginosa somaram R$ 238,80 bilhões, uma redução de 15,6% em relação ao mesmo período de 2023.

A ampliação de mercados internacionais tem ajudado a mitigar esses impactos. Desde 2023, o Brasil abriu 276 novos mercados, segundo o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Recentemente, por exemplo, a Bolívia passou a importar produtos de reciclagem de bovinos e suínos, usados na indústria de rações.

O resultado de outubro marca um momento de retomada para o setor, que reafirma a competitividade do Brasil no cenário global, mesmo diante de desafios como oscilações nos preços internacionais e demandas variáveis. A diversificação e os avanços em logística e produção fortalecem o papel do agronegócio como motor econômico do país.

Fonte: Pensar Agro

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