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Agronegócio

Safra de soja 2024/25 projeta recorde de produção, mas clima desafia produtores

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As previsões para a safra de soja 2024/25 são otimistas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Ambos esperam um aumento na produção brasileira de soja, impulsionado pela recuperação da produtividade, que foi afetada na safra passada, e pela expansão da área plantada.

A Conab estima um crescimento de 2,8% na área de soja, com a expansão ocorrendo, sobretudo, em áreas de pastagens degradadas e na substituição do milho pela soja, devido à rentabilidade da cultura. A expectativa é de uma produção total de 166 milhões de toneladas, 12,7% acima da última safra, que ficou em 147,38 milhões de toneladas. Contudo, algumas associações de produtores contestam essas projeções, indicando que a produção real de 2023/24 teria sido de cerca de 135 milhões de toneladas.

O USDA, por sua vez, projeta 169 milhões de toneladas para 2024/25, o que corresponde a cerca de 39% da produção mundial, prevista em 428,92 milhões de toneladas.

Se essas previsões se confirmarem, o Brasil poderá atingir um novo recorde de produção, gerando impactos positivos para a economia e para a renda dos produtores. Contudo, a preocupação com o clima permanece, uma vez que a falta de chuvas tem marcado o início da safra, e as previsões para os próximos meses indicam precipitações irregulares e temperaturas acima da média em várias regiões. Segundo o Inmet, o Centro-Oeste e o Sudeste podem enfrentar seca, enquanto o Sul e o Norte devem ter chuvas mais abundantes em algumas áreas.

O plantio da safra 2024/25 começou mais lento em razão da irregularidade das chuvas, mas a situação melhorou na segunda metade de outubro. No final do mês, 37% da área já estava semeada, comparado a 40% no mesmo período do ano anterior. Estados como Mato Grosso e Paraná aceleraram o plantio com a chegada das chuvas, enquanto outras regiões, como Goiás e Minas Gerais, enfrentam desafios com secas localizadas e queimadas.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê seca na maior parte do Centro-Oeste e Sudeste, com pouca chuva para recuperar a umidade do solo em áreas específicas. Por outro lado, o Sul e o Norte podem ter precipitações acima da média em regiões como o leste de Santa Catarina, Paraná, Acre, Roraima e norte do Amazonas. A irregularidade, no entanto, se manterá, e algumas regiões do Nordeste devem registrar volumes baixos de chuvas.

A Rural Clima aponta que as chuvas devem retornar na segunda quinzena de outubro, com certa regularidade no Matopiba e diminuição no Sul entre novembro e dezembro. O fenômeno La Niña, que afeta o regime de chuvas, é previsto para se intensificar entre fevereiro e abril de 2025, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa em Clima (IRI).

No Mato Grosso, os agricultores aceleraram o ritmo do plantio após regularização das chuvas. Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e outros estados registraram avanços em diferentes ritmos conforme as condições climáticas locais

As condições climáticas continuam a ser um fator crucial para a safra, especialmente devido à possibilidade de La Niña, que deve ter impacto entre fevereiro e abril de 2025, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa em Clima (IRI). As instituições permanecem otimistas, mas o acompanhamento do clima e das práticas de manejo será essencial para que o Brasil aproveite ao máximo o potencial de produção desta safra.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Agricultura digital deve crescer 183% e alcançar R$ 48,55 bilhões até 2026

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A agricultura digital está se consolidando como uma das principais aliadas do setor agrícola, promovendo inovações e sustentabilidade em toda a cadeia de produção. Segundo a consultoria 360 Research & Reports, o mercado global de agricultura digital deve crescer 183% em relação a 2019 e alcançar R$ 48,55 bilhões até 2026, com uma taxa de crescimento média de 15,9% ao ano. Esse avanço reflete a adoção crescente de tecnologias que integram software, hardware e inteligência de dados para otimizar a produção, desde o plantio até o consumo final.

No Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), apoiou 94 projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) no programa Brasil Mais Produtivo, somando R$ 94,9 milhões em investimentos entre novembro de 2023 e agosto de 2024. Esses projetos têm ajudado empresas, incluindo micro e pequenas, a incorporar tecnologias como inteligência artificial, robótica e sensores IoT para melhorar o rendimento das lavouras, reduzir desperdícios e promover práticas mais sustentáveis.

PRECISÃO – A agricultura de precisão é um dos principais focos da agricultura digital, com o uso de sensores, GPS e drones para monitorar em tempo real as condições das plantações, como umidade do solo e presença de pragas. Equipamentos modernos ajustam automaticamente o uso de fertilizantes e irrigação, o que permite uma aplicação mais eficiente e reduz o impacto ambiental. Essas intervenções garantem colheitas mais saudáveis e de melhor qualidade, otimizando os recursos naturais.

Além disso, o uso de dados e inteligência artificial permite prever o rendimento das safras e ajustar a produção à demanda do mercado, evitando superprodução e desperdício de alimentos. As tecnologias digitais também possibilitam uma gestão eficiente da cadeia de suprimentos, otimizando o armazenamento e o transporte dos produtos, reduzindo perdas e aumentando a durabilidade dos alimentos no mercado.

A adoção de práticas digitais no campo também tem efeitos positivos sobre o meio ambiente. Tecnologias de agricultura de precisão minimizam o uso de água e insumos químicos, ajudando a proteger o solo e a biodiversidade local. Equipamentos guiados por GPS, por exemplo, reduzem o uso de combustível e as emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para uma menor pegada de carbono nas operações agrícolas.

Ferramentas como o plantio direto e a rotação de culturas, apoiadas por tecnologia digital, fortalecem a saúde do solo e aumentam a captura de carbono, fundamentais para a sustentabilidade no campo. Sensores monitoram o ambiente e permitem ajustes em tempo real, ajudando os agricultores a manter o solo fértil e produtivo.

O mercado de tecnologias digitais aplicadas ao agro tem ganhado destaque em diversas regiões do mundo, com um crescimento acelerado na América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico. No Brasil, o setor caminha para integrar ainda mais a agricultura tradicional com práticas modernas e sustentáveis, buscando atender às demandas globais e aumentando a competitividade no mercado internacional.

Ao unir tradição e inovação, a agricultura digital oferece soluções para uma produção mais eficiente, sustentável e adaptada às exigências do futuro. Este movimento não só aumenta a produtividade e a qualidade dos alimentos, como também fortalece o compromisso com a preservação ambiental e a segurança alimentar.

Fonte: Pensar Agro

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