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MATO GROSSO

Procurador-geral de Contas destaca ações contra hanseníase em seminário

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Crédito: Diego Rodrigues/MPC
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Procurador-geral de Contas, Alisson Alencar, foi o autor da apresentação do livro Hanseníase no Brasil: Mato Grosso em Foco, lançado no encontro. Clique aqui para ampliar

O procurador-geral de Contas, Alisson Alencar, marcou presença no seminário “Construindo Ações para Mato Grosso Livre da Hanseníase”, realizado nesta segunda (4) e terça-feira (5) pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT). O evento, coordenado pela Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social do TCE-MT, também contou com o lançamento do livro “Hanseníase no Brasil: Mato Grosso em Foco”, que inclui uma apresentação colaborativa do procurador.

O seminário atraiu uma audiência diversificada, composta por profissionais da saúde, membros do governo, gestores, representantes de organizações não governamentais, acadêmicos, estudantes e líderes comunitários, com o objetivo de discutir estratégias e ações efetivas no combate à hanseníase no estado. “Esta obra vai muito além de um debate sobre saúde pública”, destacou Alisson Alencar. O livro, escrito pelo conselheiro Guilherme Antônio Maluf, oferece uma análise aprofundada das dificuldades da gestão pública brasileira e suas implicações sociais e econômicas.

Durante sua apresentação, Alencar abordou pontos cruciais que merecem atenção, como o índice de acometimento entre grupos vulneráveis e os impactos sociais negativos da enfermidade, especialmente o estigma e a discriminação que ainda afligem os pacientes. Ele enfatizou a necessidade de formação de hansenólogos e a distribuição desses profissionais, além de criticar as falhas e os atrasos na implementação de políticas públicas eficazes para erradicar a doença.

Crédito: Diego Rodrigues/MPC
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Seminário atraiu uma audiência diversificada para o debate sobre a doença no auditório da Escola Superior de Contas do TCE-MT. Clique aqui para ampliar

“Ao enfatizar a importância do combate contínuo à hanseníase e da conscientização sobre o tema, espero que esta obra inspire novas abordagens e parcerias. Que possamos unir esforços – governo, empresas, sociedade civil e indivíduos – para que, em breve, a hanseníase seja apenas uma lembrança distante, superada pela ciência, educação e solidariedade”, afirmou Alisson Alencar.

O seminário teve sua palestra magna conduzida pelo Conselheiro Guilherme Antonio Maluf e incluiu cinco painéis sobre a endemia de hanseníase em Mato Grosso. As discussões abrangeram desde propostas de controle da doença até inovações em diagnóstico e tratamento.

A programação segue nesta terça-feira com o painel “Condução da Política de Ensino, Pesquisa e Educação Permanente sobre Hanseníase e Boas Práticas”. Também estão previstas mesas redondas para debater desafios e propor soluções para um Mato Grosso livre da hanseníase, além de sistematizar as contribuições do seminário.

Assessoria de Comunicação do MPC-MT

Fonte: TCE MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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