Connect with us

MATO GROSSO

Artista cigano mato-grossense leva filme viabilizado com recursos de edital da Secel à exposição da ONU

Publicado

em

O multiartista de etnia cigana Calon, Aluízio de Azevedo, é um dos convidados especiais da Exposição Artes Minorias e Direitos Humanos, que ocorrerá no Centro de Artes da Escola Internacional de Genebra (Ecolint Centre des Arts of the International School of Geneva), na Suíça, a partir desta quarta-feira (06.11).

O artista apresentará o filme de curta-metragem Caminhos Ciganos, que foi viabilizado com recursos do edital de Audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer (Secel-MT). A viagem também conta com o apoio da Secel.

Aluízio participa do evento também com a tela “Totem de Mim LGBTQIAPN+ Cigane”. A abertura da exposição, que é gratuita, acontecerá na quarta-feira (6.10), às 18h, horário de Genebra (12h em Cuiabá). O evento é uma das atividades que integram as comemorações do Centenário da Ecolint e prossegue até 18 de dezembro.

Para Aluízio de Azevedo, o apoio da Secel foi fundamental, já que por meio do recurso ele conseguiu finalizar o curta, que é obra de sua tese de Doutorado.

“Existem poucos trabalhos científicos, filmes e outras artes que tratam sobre a cultura cigana, principalmente feito por ciganos, então isso acaba contribuindo para que as pessoas possam compreender sobre a história e também o preconceito que os ciganos viveram”.

Aluízio destaca que em Portugal, os ciganos eram deportados para o Brasil e, mais tarde, foram alvos de várias práticas discriminatórias pelo Estado. “Com esse tipo de apoio, podemos perceber que o Governo do Estado reconhece a importância dos povos ciganos para a história de Mato Grosso, até porque estamos aqui há mais de 100 anos”, ressalta.

Em 2023, o multiartista cigano participou da exposição da ONU com cinco telas intituladas e apresentou os cinco episódios da Minissérie Diva e As Calins de Mato Grosso (2022), vencedora do edital Conexão Mestres da Cultura, da Lei Aldir Blanc da Secel-MT (2021), entretanto, não de forma presencial.

Sobre o evento

O concurso e a exposição são organizados pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR) e o Centro de Artes da Escola Internacional de Genebra e seus parceiros Minority Rights Group International (MRG) e Freemuse, em parceria com a Cidade de Genebra. O objetivo é apoiar artistas minoritários comprometidos com a defesa dos direitos humanos ao redor do mundo.

*Sob orientação de Cida Rodrigues

Fonte: Governo MT – MT

Continue Lendo

MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

Publicado

em

Por

A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora