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Agronegócio

Minas Gerais sedia a 12ª Semana Internacional do Café

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De 20 a 22 deste mês Minas Gerais vai sediar a 12ª Semana Internacional do Café (SIC). Este evento, um dos mais prestigiados do mercado cafeeiro global, promete agitar Belo Horizonte com negócios que podem chegar a 60 milhões de reais e espera reunir cerca de 20 mil participantes vindos de 40 países no Expominas.

Com o tema “Como o clima, a ciência e os novos consumidores estão moldando o futuro do café”, a SIC pretende conectar toda a cadeia produtiva do café brasileiro, desde produtores até baristas e consumidores. O evento, que já se consolidou ao longo de 11 edições anteriores, é uma vitrine das inovações no setor, oferecendo palestras, workshops, competições, e degustações orientadas.

Além de ser uma excelente oportunidade para fazer negócios, a SIC é um ponto de encontro para troca de conhecimentos e experiências. Serão 170 marcas expositoras apresentando novidades e tendências do mercado. Os visitantes poderão participar de competições como o Coffee of the Year, que premia os melhores cafés brasileiros da safra, e o Campeonato Brasileiro de Barista, cujo campeão representará o Brasil em 2025 no campeonato mundial.

A SIC não é apenas para os profissionais do café; é também uma chance para os amantes da bebida aprenderem mais sobre sua produção. Para Antônio de Salvo, presidente do Sistema Faemg Senar, um dos realizadores do evento, a SIC é crucial para mostrar a importância e a qualidade do café mineiro, que é líder de produção no Brasil.

O Sebrae Minas também ressalta a importância do evento para destacar a relevância de Minas Gerais no cenário cafeeiro, responsável por 51% da safra nacional. Marcelo de Souza e Silva, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, acredita que a SIC ajuda a impulsionar o reconhecimento dos cafés produzidos no estado, promovendo seu desenvolvimento econômico e sustentável.

Além das atividades focadas em negócios, a SIC também se preocupa com a sustentabilidade no setor cafeeiro. Thales Fernandes, secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Governo de Minas Gerais, destaca que o evento é uma oportunidade para mostrar como a tecnologia e a inovação podem andar de mãos dadas com a sustentabilidade na produção de café.

Serviço

Evento: 12ª Semana Internacional do Café (SIC)
Data: 20 a 22 de novembro de 2024
Local: Expominas, Belo Horizonte, MG
Entrada gratuita: Para produtores rurais, empresas do setor (visitantes com CNPJ) e visitantes internacionais.
Pessoas físicas: Ingressos a R$ 70,00 para os três dias.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cresce o movimento de boicote ao Carrefour

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Fontes não oficiais dão conta de que o Grupo Carrefour no Brasil já enfrenta uma crise de fornecimento de carnes, resultado direto da decisão anunciada na França de interromper a venda de produtos cárneos oriundos do Mercosul.

A medida, anunciada pelo CEO global da empresa, Alexandre Bompard, na quarta-feira (20.11) gerou uma reação imediata do agronegócio brasileiro, principalmente no setor de carnes.

Neste sábado (23.11) empresas como o JBS, Marfrig e Masterboi anunciaram ter decidido suspender o abastecimento de carne às 150 lojas do grupo no país, abrangendo Carrefour, Sam’s Club e Atacadão. A suspensão, que não configura quebra de contrato por ser baseada em acordos de mercado à vista, foi considerada uma “reação legítima” pela indústria e pelo governo brasileiro.

A suspensão do fornecimento de carne bovina já estaria afetando entre 30% e 40% das gôndolas da rede. A previsão é que, sem uma solução rápida, o desabastecimento total ocorra até amanhã (segunda-feira, 25), considerando que a maioria dos produtos armazenados são resfriados ou congelados e têm estoque limitado.

A interrupção ganhou respaldo do governo brasileiro, que considerou a declaração de Bompard um ataque à soberania e à qualidade dos produtos nacionais. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram informados sobre a situação e apoiaram a atitude dos frigoríficos.

CRISE DIPLOMÁTICA – O anúncio de Bompard, feito por meio de suas redes sociais, que as lojas do Carrefour na França deixariam de comercializar carnes do Mercosul, pretendia ser uma demonstração de apoio ao setor agrícola francês, que enfrenta dificuldades no contexto das negociações do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.

Na publicação ele afirmou ainda que esperava inspirar outros setores a adotar medidas similares. Além de abrir uma crise política e diplomática entre Brasil e França. A decisão foi duramente criticada por setores industriais e diplomáticos brasileiros. Interlocutores apontaram que a declaração não passou por análises internas do conselho global da empresa, expondo um possível cálculo equivocado de Bompard quanto às reações do mercado.

Também neste sábado, a Mesa Argentina de Carne Sustentável (Macs) emitiu uma carta se posicionando contra a rede de supermercados francesa. Segundo a carta, assinada pelo presidente da associação, Carlos David Barrios Baron, a atitude prejudica as relações comerciais e enfraquece os esforços globais por uma pecuária mais sustentável.

No documento, a Macs argumenta que a decisão de Bompard sobre a carne bovina representa um retrocesso em relação ao livre comércio, enfatizando que o protecionismo só gera maior isolamento entre os países. A associação alerta que, quando a xenofobia e o protecionismo aumentam, as nações tendem a se fechar, o que resulta em restrições não apenas comerciais, mas também de mobilidade e liberdade, o que reforça os conflitos e diminui o valor da paz mundial.

A crise internacional provocada pelo CEO da empresa representa um desafio tanto no Brasil quanto na França, dois mercados estratégicos para o grupo. Enquanto o Carrefour francês busca fortalecer laços com produtores locais, o impacto da decisão no mercado brasileiro – responsável por metade do lucro operacional global da empresa – pode ser devastador em termos mundiais.

Apesar da interrupção dos fornecimentos, o Carrefour Brasil nega a ocorrência de desabastecimento. Em nota oficial, a rede declarou que “a comercialização do produto ocorre normalmente nas lojas” e classificou as informações de falta de carne como “improcedentes”.

Fonte: Pensar Agro

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