O governador em exercício, Otaviano Pivetta, destacou a importância dos servidores públicos para um Estado mais eficiente. A declaração foi feita durante a solenidade de condecoração de servidores que completam 25 anos de serviço em Mato Grosso, realizada nesta quarta-feira (30.10), no Auditório Clóves Vettorato, no Palácio Paiaguás.
“É fundamental que todos vocês, que representam os 70 mil servidores, tenham a tranquilidade de trabalhar em um Estado honesto e que valorize seu trabalho. As conquistas que temos alcançado no funcionalismo público e em todas as áreas devem ser um patrimônio do povo mato-grossense e precisam ser mantidas”, afirmou o governador.
Os servidores homenageados pertencem a órgãos como Unemat, Ipem, Indea, Polícia Militar, Polícia Civil, PGE, Sefaz, Setasc, Seplag, Seduc, SES e Sema.
Em seu discurso, Otaviano Pivetta lembrou dos desafios enfrentados em 2019, quando o Estado vivia uma situação crítica, com salários atrasados e um clima de descontentamento generalizado. Ele destacou os esforços realizados para restaurar a confiança na administração pública.
“Quando assumimos, o Estado não entregava nada e era autofágico, consumindo tudo o que recebia. Os servidores estavam inseguros quanto ao pagamento de seus salários, e a insatisfação se estendia a outros Poderes. Graças à articulação de toda a nossa equipe de Governo e da Assembleia Legislativa, conseguimos devolver o Estado à sociedade. Após dois anos, reservamos 20% do orçamento para investimentos, devolvendo à população o que é dela”, explicou o governador.
Ele também expressou o desejo de que, nos próximos dois anos, a gestão continue promovendo um Estado mais eficiente, destacando a nova dinâmica adotada na atual administração, com investimentos em áreas prioritárias como educação, saúde, infraestrutura e segurança pública. “Nós conseguimos devolver o Estado à sociedade e começamos a honrar os compromissos. O Estado é de todos nós, e vocês têm o nosso respeito e consideração”, destacou Otaviano Pivetta.
Durante a solenidade, o governador recebeu um botão em reconhecimento aos mais de 25 anos de vida pública, tanto como prefeito de Lucas do Rio Verde (por três mandatos) quanto deputado estadual, além de sua atuação ativa como vice-governador na atual gestão nos últimos seis anos.
Estiveram presentes na cerimônia a deputada federal Gisela Simona, o secretário-chefe da Casa Civil, Fabio Garcia, o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, e o secretário de Estado de Segurança Pública, César Roveri, além de outras autoridades, servidores e familiares.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.