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MATO GROSSO

Mutirão “Interligue Já” será realizado de 11 a 14 de novembro no Complexo dos Juizados Especiais

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Para ampliar o número de interligações da rede de esgoto à rede coletora da Águas Cuiabá, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) Ambiental, a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec) e a concessionária realizarão o ‘Mutirão Interligue Já!’, de 11 a 14 de novembro. A ação será realizada no Complexo dos Juizados Especiais de Cuiabá, com a previsão de conciliação de quase 250 processos. 
 
“Serão disponibilizadas seis salas para realização de audiências simultâneas. Além disso, teremos técnicos à disposição para tirar dúvidas e apresentações educativas, que mostram como é feita a interligação e o resultado prático disso, sendo a melhora da qualidade da água”, detalha a gestora do Cejusc Ambiental, Jaqueline Bagao Schoffen.
 
O primeiro mutirão “Interligue Já” faz parte das atividades desenvolvidas pelo grupo de cooperados do Projeto Interligue Já!, criado a partir do Termo de Cooperação Técnica 12/2024, formado pelo TJMT, Ministério Público Estadual, o Município de Cuiabá, a empresa Águas Cuiabá e a Arsec. O objetivo é informar, orientar e acompanhar os processos de interligação, além de evitar a judicialização dos casos.
 
A ação é necessária para cumprir a Lei do Saneamento Básico n.º 11.445/2007 e, principalmente, fazer com que o esgoto residencial receba o tratamento adequado antes de retornar ao leito do rio.
 
“Hoje temos em Cuiabá quase 90% da rede pública já instalada, mas o percentual de adesão está muito baixo. É fundamental que os proprietários das residências interliguem sua rede particular de esgoto na rede pública da concessionária para o esgoto poder ser coletado, levado até a estação de tratamento, recebido o tratamento e depois ser despejado no rio”, alerta a gestora do Cejusc Ambiental, Jaqueline Bagao Schoffen.
 
Dentre as ações previstas no termo de cooperação está a realização de audiências no Cejusc Ambiental, que recebe as reclamações pré-processuais distribuídas pelo MP. “Agendamos as audiências, convidamos os munícipes para participar. Na ocasião é feita a conciliação, mas há situações em que só de receber a comunicação a pessoa já faz a ligação e chega na audiência com sua obrigação cumprida. Nesses casos, só é feito o acompanhamento e a fiscalização se a interligação está correta”, explica a gestora do Cejusc Ambiental. 
Resultados
 
Com seis meses de atuação, representantes das instituições signatárias do termo se reuniram no dia 22 de outubro, para avaliar os resultados do período e alinhar o cronograma de trabalho. “Podemos afirmar que estamos tendo excelentes resultados”, comemora a gestora. 
 
Agora, o projeto entra em uma nova fase, em que passa a contar com a participação do Procon Municipal. A partir do mês de novembro, a autarquia será outro braço do projeto e ficará responsável pela realização de 100 audiências. 
 
“Dessa forma, as audiências serão feitas por nós, do Cejusc Ambiental e Procon Municipal. Sempre com o mesmo propósito de levar informação, promover o diálogo com a parte, entender quais são as necessidades daquele imóvel, e a partir disso, resolver suas questões de saneamento”, ressalta Jaqueline.
 
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição da imagem 1: a imagem mostra um grupo de pessoas sentadas em torno de uma mesa de conferência retangular em uma sala de reuniões. Há nove indivíduos visíveis, algum de frente um para o outro e outros olhando para documentos ou dispositivos. Na mesa, há papéis, um laptop e uma cafeteira. Ao fundo, há banners e pôsteres nas paredes, um dos quais inclui texto e a imagem de uma pessoa.
 
Priscilla Silva 
Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT 
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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