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MATO GROSSO

Gabinete de Crise é instituído no âmbito do Ministério Público de MT

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Com o objetivo de gerenciar questões inerentes às crises que demandem medidas por parte do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, o procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Junior, assinou nesta sexta-feira (25) Ato Administrativo que institui o Gabinete de Gerenciamento de Crise no âmbito da instituição.  A assinatura ocorreu durante o curso “Atuação Ministerial em Crises na Segurança Pública: à Luz da Recomendação nº 90/2022 do CNMP”.

Conforme o ato, caberá ao Gabinete de Crise, entre outras atribuições, planejar  medidas, definir atores e recomendar a adoção de ocorrências semelhantes, de forma a subsidiar as tomadas de decisões; identificar providências que possam melhorar o desempenho do MPMT na crise; elaborar o Plano de Gerenciamento de Crise; e integrar, quando for o caso, em caráter extraordinário, eventual Gabinete de Crise Interministerial ou Interinstitucional, Estadual ou Federal, observadas as competências e atribuições constitucionais e legais de cada um dos partícipes.

“A existência de um Gabinete de Gerenciamento de Crise abrangendo também outras áreas de atuação ministerial possibilitará a flexibilização necessária para o enfrentamento de crises diversas, como agrária, indigenista, da educação, da saúde, do transporte público, entre outras, cuja intervenção do Ministério Público seja imprescindível”, afirmou o procurador-geral de Justiça.

Deosdete Cruz Junior afirmou ainda que a criação do Gabinete de Gerenciamento de Crise para atuar na prevenção, antecipação e resolução das crises enfrentadas pelo Estado está em sintonia com as necessidades e anseios da sociedade mato-grossense.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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