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MATO GROSSO

TCE-MT aprova solução técnico-jurídica para continuidade da primeira PPP de iluminação pública do estado

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Crédito: Thiago Bergamasco/TCE-MT
Ilustração
A mesa técnica foi concluída na quinta-feira (17). Clique aqui para ampliar.

O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) aprovou solução técnico-jurídica para continuidade da primeira parceria público-privada (PPP) de iluminação pública do estado. Proposta pelo município de Água Boa, a mesa técnica concluída na quinta-feira (17) apontou caminhos seguros para gestão da concessão administrativa que prevê a modernização, expansão, operação e manutenção da infraestrutura da rede de iluminação pública municipal por 24 anos. 

Presidente da Comissão Permanente de Normas, Jurisprudência e Consensualismo (CPNJur), o conselheiro Valter Albano destacou o caráter inovador do formato consultivo da mesa técnica e do assunto em debate, bem como a contribuição da solução para o desenvolvimento do estado. 

“Por ser pioneiro nesse tipo de parceria para iluminação pública, Água Boa encontrou dificuldades naturais. O processo também exigiu desse Tribunal de Contas, que precisou se aprofundar nos estudos, verificar as referências e estabelecer uma solução que possa fortalecer o modelo e resolver a questão. Foi quase um ano para encontrar a melhor medida de preservar a iniciativa da PPP e o contrato, que foi assinado há cinco anos, mas de promover os ajustes necessários na estrutura da governança da prefeitura, melhorar a qualidade do contrato e dar sequência a sua efetividade”, declarou o conselheiro.

Conforme Albano, a prefeitura se antecipou a um problema que poderia ser gravíssimo e a solução servirá de modelo para outros municípios. “Poderia ser um grande problema e se tornou uma grande solução e, como tal, outros municípios poderão se inspirar na boa experiência, como nossas mesas técnicas têm servido de referência para muitas iniciativas país afora. Fico muito feliz em ver o Tribunal de Contas servindo de instrumento para o desenvolvimento do estado. Sem invadir o papel de ninguém, estamos cumprindo com o nosso papel, que é técnico e instrumental a serviço do desenvolvimento.”

Na ocasião, o procurador-geral de Contas do Ministério Público de Contas (MPC), Alisson Carvalho de Alencar, também enalteceu o caráter inovador do trabalho. “Parabéns a todos que atuaram para essa solução extremamente relevante, não apenas economicamente, mas socialmente para a região de Água Boa. As PPPs são um caminho sem volta, então este trabalho técnico já serve também de planejamento e influencia positivamente mais municípios a buscarem apoio do Tribunal de Contas para desenvolver serviços de mudança.”

Já o prefeito Mariano Kolankiewicz agradeceu a parceria do Tribunal de Contas. “Além do papel de fiscalização, a gente fica muito feliz com essa parceria no sentido de construirmos juntos uma solução para os problemas da nossa cidade, com esse Tribunal de Contas orientativo, atuando na prevenção. Eu fico muito orgulhoso como prefeito em poder contar com o órgão para resolver e ajudar a trazer qualidade de vida para toda a nossa população.”

Solução técnico-jurídica

 Água Boa procurou o Tribunal de Contas para apoio na construção de solução técnico-jurídica na gestão e execução do Contrato nº 30/2019, celebrado entre a Prefeitura e concessionária Arc Água Boa Iluminação Pública SPE Ltda. Os principais entraves diziam respeito à gestão e fiscalização do contrato de PPP, especialmente pela falta de capacidade técnica e pelo desenvolvimento  econômico e habitacional do município. 

Frente a isso, o Tribunal de Contas recomendou ao município a aferição do Equilíbrio Econômico-Financeiro (EEF) do contrato,  por meio da contratação de uma consultoria especializada; o desenvolvimento de um Manual de Gestão e Fiscalização, abordando obrigações e fluxos de procedimentos, bem como a capacitação das equipes nos aspectos jurídico-normativos e econômico-financeiros do contrato e para o uso do manual de gestão.

Secretaria de Comunicação/TCE-MT 
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br
Flickr: clique aqui

Fonte: TCE MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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