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MATO GROSSO

Polícias Militar e Civil prendem em flagrante suspeito de feminicídio em Matupá

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Equipes da Polícia Militar e da Polícia Judiciária Civil prenderam, na madrugada deste domingo (20.10), um homem, de 35 anos, suspeito pelo feminicídio de Vanuza de Souza, de 40, em Matupá. O suspeito foi preso em flagrante, e a arma de fogo utilizada no crime foi apreendida.

Conforme a ocorrência, a Polícia Militar recebeu denúncias, via número funcional, sobre um feminicídio ocorrido em uma propriedade rural a cerca de 60 quilômetros de Matupá, no final da tarde de sábado (19.10).

Os militares se deslocaram ao endereço com apoio de investigadores da Polícia Civil e encontraram a vítima, sem vida, com um ferimento de arma de fogo.

Uma testemunha afirmou que o suspeito do crime teria fugido do local em um veículo Ford Ecosport preto, que seria de sua propriedade. Durante as diligências, os policiais receberam informações de que um homem, com as mesmas características informadas pela testemunha, havia dado entrada em um bar em uma comunidade rural.

As equipes foram ao estabelecimento e, na madrugada de domingo, localizaram o suspeito escondido embaixo de uma mesa de sinuca. O homem resistiu à abordagem e foi algemado pelos militares.

O proprietário do bar afirmou que o suspeito chegou no estabelecimento com uma espingarda e teria afirmado que havia matado sua mulher. Ele pediu para um cliente pegar a arma e sair do local, pois estava com medo de que o suspeito pudesse cometer outro crime. O cliente levou os policiais até onde a arma, uma espingarda modificada para calibre .22 com uma munição, estava escondida e que foi recolhida pelos policiais.

O suspeito recebeu voz de prisão em flagrante e foi conduzido para a Delegacia de Matupá para registro da ocorrência. A investigação do caso e a motivação do crime estão sob responsabilidade da Polícia Judiciária Civil.

Disque-denúncia

A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190, ou disque-denúncia 0800.065.3939.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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