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MATO GROSSO

Polícia Civil cumpre buscas para apreender arma de autor de violência doméstica em Cáceres

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Policiais civis da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) de Cáceres cumpriram, na manhã desta quinta-feira (17.10), um mandado de busca e apreensão domiciliar contra o autor de violência doméstica praticado contra sua ex-companheira. A ação teve como objetivo a apreensão de uma arma de fogo, utilizada para ameaçar a vítima.

O suspeito de 35 anos é investigado pelos crimes de ameaça, violência psicológica, contravenção de vias de fato, praticados contra a ex-companheira, de 29 anos.

A ação faz parte da Operação Hera (deusa grega protetora das mulheres), que tem como foco o combate aos crimes de violência doméstica e familiar na cidade de Cáceres, totalizando 16 mandados de prisão cumpridos contra agressores de mulheres pela especializada neste ano.

A ordem de busca e apreensão domiciliar foi decretada pela Segunda Vara Criminal de Cáceres após a vítima procurar a Delegacia da Mulher para solicitar medidas protetivas de urgência, afirmando que o ex-companheiro possuía uma arma de fogo e a ameaçava constantemente.

Diante da gravidade dos fatos, a delegada titular da DEDM Cáceres, Paula Gomes Araujo, representou pela busca e apreensão no endereço do suspeito, que foi deferida pela Justiça. O mandado foi cumprido na residência do suspeito, no bairro Jardim Universitário, em Cáceres.

Segundo a delegada, durante as buscas não foi localizada a arma de fogo ou outro material ilícito na residência do suspeito, no entanto as ações preventivas mostram o trabalho da Polícia Civil em busca de combater possíveis crimes de feminicídio.

“A Polícia Civil está empenhada em todos os casos de violência doméstica, especialmente naqueles que sinalizam risco à vida da vítima. No ano de 2024, Cáceres teve uma redução significativa de feminicídios, sendo apenas um caso registrado até o momento em relação a quatro casos registrados em 2023”, disse a delegada.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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