Doze investigadores de operações especiais da Polícia Civil de Mato Grosso concluíram na última semana o 1º Curso de Atendimento Pré-Hospitalar Tático, coordenado e executado pela Gerência de Operações Especiais (GOE) sob a supervisão e coordenação pedagógica da Academia de Polícia (Acadepol).
A capacitação teve a duração de seis dias, com carga horária de 60 horas/aulas, abrangendo instruções desde o atendimento pré-hospitalar básico até o APH tático, com atividades e diversos exercícios simulados voltados para atuação da GOE.
As atividades específicas são desenvolvidas e programadas para elevar o nível de stress físico e psicológico do aluno para que ele possa colocar em prática em condições semelhantes a uma ocorrência real, todo aprendizado adquirido durante o curso.
A capacitação contou com instrutores da GOE e de unidades parceiras e instituições co¿-irmãs, entre elas Coordenadoria de gestão de pessoas – CGP, da Polícia Civil; Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer, ROTAM-PMMT; GPI – MT da Polícia Federal; Instituto Médico Legal – Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), além de colaboradores que auxiliaram com atividades extras como Enfermeira Laura Lisboa especialista em Simulação Realística em Ferimentos e Apoio de profissionais e equipe de emergência da VITA – Emergências Médicas e Home Care
A qualificação tem como objetivo inicial implementar e padronizar na Gerência procedimentos operacionais empregados no Tactical Combat Casualty Care (TCCC), que é uma diretriz desenvolvida nos Estados Unidos e empregada no mundo todo, para orientar a aplicação de técnicas de atendimento de combatentes feridos em campo de batalha, ou cenário de confronto armado.
Entre as técnicas está o protocolo MARCH de atendimento pré-hospitalar tático que foi oficialmente adotado pelo Ministério da Justiça em sua Portaria N° 98 de 1° de Julho de 2022, que regulamentou a atividade de APH Tático no âmbito da Segurança Pública.
O gerente de Operações Especiais, delegado Frederico Murta, destacou que a capacitação já está em conformidade com as diretrizes estabelecidas neste documento. “Após a padronização na GOE, o objetivo principal é dar continuidade aos trabalhos e difundir o conhecimento para o efetivo operacional da Polícia Civil de Mato Grosso em outros cursos realizados junto a Acadepol”, disse o gerente da GOE.
O diretor da Acadepol, Fausto Freitas, ressaltou que esse é mais um curso devidamente homologado pela Acadepol, que entra para o portfólio e que em breve será disponibilizado para servidores de todas as unidades.
“Nós já trabalhávamos as noções básicas do APH-Tático no Curso de Formação e em alguns cursos operacionais. Mas agora temos um curso específico sobre a temática, que é de extrema importância para os profissionais de segurança pública, porque são conhecimentos que podem salvar a vida de um colega ferido em alguma ocorrência ou acidente”, destacou Freitas.
Um dos formandos do curso, o operador da GOE, Érico Salomão, agradeceu a iniciativa de instituição de proporcionar a capacitação que subsidia as ações no campo operacional e pessoal.
“Assim como eu, os demais formandos se sentem capacitados e prontos para salvar a vida de um irmão em cumprimento do dever. Este curso traz inovações significativas no campo tático, que devem ser disseminadas entre todos os policiais da Polícia Civil. Sinto-me realizado por ter participado com louvor deste curso”, disse o investigador.
Para a instrutora convidada, 3° Sargento Karine Helena Prado, da Rotam PM-MT, o curso de APH Tático é uma área que vem crescendo no âmbito da Segurança Pública, buscando tratar de situações de combate policial e realizar procedimentos técnicos e táticos específicos.
“É uma qualificação essencial que visa o socorro próprio ou de outro operado ferido, executando manobras com objetivo final de dar uma sobrevida ao policial com risco de morte iminente. Parabenizo a coordenação pelo empenho com a logística, organização, comprometimento com os instrutores e dedicação aos alunos e pôr fim aos operadores, que concluíram com êxito o curso”, ressaltou a instrutora.
No dia 20 de novembro de 2024, por volta das 21h35, uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizava fiscalização no km 741 da BR-070, no município de Cáceres (MT), como parte das ações de combate a crimes fronteiriços.
Durante a abordagem a um ônibus que fazia a linha Porto Velho (RO) – Cuiabá (MT), foi solicitada a parada do veículo para inspeção. Ao fiscalizar uma passageira, uma jovem de 19 anos, foram feitas perguntas sobre a origem e o destino da viagem, bem como sobre a existência de bagagens no compartimento inferior. A passageira negou possuir qualquer mala.
No entanto, ao verificar o bilhete de passagem da jovem, foi encontrada uma mala identificada com um ticket correspondente. Durante a inspeção da bagagem, os agentes localizaram quatro tabletes de substância análoga a cloridrato de cocaína.
Ao ser questionada, a mulher afirmou que pegou a droga em um cesto de lixo na cidade de Mirassol D’Oeste (MT) e que a levaria até a rodoviária de Cuiabá (MT). Ela também informou que receberia certa quantia em dinheiro pelo transporte.
Diante das evidências, a passageira foi encaminhada, para a Delegacia Especial de Fronteira (Defron), da Polícia Civil em Mato Grosso, onde foi registrada a ocorrência por tráfico de drogas.