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MATO GROSSO

Maluf destaca estadualização do Hospital de Câncer e reforça necessidade de ampliação de exames de mama

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Crédito: Thiago Bergamasco/TCE-MT
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Vice-presidente do TCE-MT, conselheiro Guilherme Antonio Maluf. Clique aqui para ampliar

Ao chamar a atenção dos gestores da saúde do estado e municípios sobre a importância da ampliação da oferta de exames para diagnóstico de câncer de mama, o vice-presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Guilherme Antonio Maluf, enalteceu a intenção do Governo do Estado de estadualizar o Hospital de Câncer (Hcan).

“Estou muito esperançoso com a decisão do governador Mauro Mendes de fazer a estadualização do Hospital do Câncer, aqui em Cuiabá. É uma ação relevante, por meio da qual vai ser ampliada a oferta de serviços. Alguns procedimentos vão ser dobrados ou triplicados, com o pagamento em dia. Então, fiquei muito otimista com a informação que recebi do secretário de Estado de Saúde, Juliano Melo”, declarou durante a sessão ordinária desta terça-feira (8).

Na ocasião, o conselheiro, que também é presidente da Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social do TCE-MT, apresentou dados preocupantes no estado. “Estamos no Outubro Rosa e esse é um momento de reflexão. Muitas pessoas aguardam exames para o diagnóstico de uma doença que tem cura e é uma alta taxa de cura, se essa descoberta for feita precocemente. Por isso, eu chamo a atenção dos gestores para a importância de fazer essa reflexão, esse debate e sobretudo ampliar a oferta de exames para o diagnóstico no nosso estado.”

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelam que o câncer de mama é o tipo mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo, superado apenas pelo câncer de pele em termos de incidência, mas sendo o líder em mortalidade. Em 2023, o Instituto estimou 73.610 novos casos, com números que podem ser ainda maiores devido a falhas no sistema de saúde e subnotificações. Segundo Maluf, em Mato Grosso, a realidade não é diferente e requer medidas emergenciais, uma vez que existem 64 pacientes aguardando por biópsias de nódulos desde 2018, enquanto 5.485 esperam por mamografias bilaterais. 

“O Outubro Rosa é mais do que uma campanha, é um apelo para que a sociedade se una na luta contra o câncer de mama. Devemos nos comprometer para garantir que todos, independentemente de gênero ou localização, tenham acesso à saúde integral e ao suporte necessário em sua jornada de enfrentamento da doença. A conscientização e a ação precisam ser constantes, para que possamos transformar a cor rosa em um símbolo de esperança e vitória em todas as épocas do ano”, concluiu o conselheiro.

Secretaria de Comunicação/TCE-MT 
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br
Flickr: clique aqui

Fonte: TCE MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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