A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, acompanhada do governador Mauro Mendes e do secretário de Estado de Educação, Alan Porto, acompanhou no Aeroporto Internacional Marechal Rondon o embarque dos alunos do programa MT no Mundo para a Inglaterra, onde ficarão por 21 dias em intercâmbio. Esta é a segunda edição do programa, que contempla 100 alunos da rede pública estadual de ensino. Em 2023, outros 100 alunos participaram da experiência. O embarque aconteceu no sábado (05.10).
“Nós enviamos nossos filhos para intercâmbios e eles amaram, trouxeram uma bagagem enorme de experiência. Fazer o mesmo na Rede Estadual era um sonho do Mauro. Ele sonhou com esse projeto, ele pensava em como fazer isso e levar vocês, porque sei que muitos não têm condições”, contou Virginia Mendes.
Ela agradeceu a oportunidade de ser embaixadora do programa e parabenizou o governador pela iniciativa.
“Tenho muito orgulho de ser embaixadora desse projeto incrível. Gratidão. Meu amor, parabéns por você estar realizando o sonho de tantas pessoas. Parabéns, secretário, pela sua dedicação e de sua equipe na Seduc. A todos vocês que estão indo: aproveitem muito, se divirtam e tragam muito aprendizado. Deus abençoe todos vocês”, desejou a embaixadora do projeto, Virginia Mendes.
O programa também abraçou a inclusão. Lavinea Real dos Santos, de 15 anos, moradora de Nobres, é deficiente visual e embarcou para o intercâmbio com todo suporte necessário.
“Vou ficar com saudades dos meus irmãos e da minha mamãe, mas será muito bom. Estou muito feliz com a oportunidade”, disse a aluna. Além de Lavinea, o aluno Welton Siqueira leite, e Fernanda Lima de Almeida, que são autistas, também foram selecionados para o programa de intercâmbio.
O governador Mauro Mendes destacou o orgulho do Governo do Estado em poder proporcionar esse projeto e outras oportunidades para a educação.
“É uma imensa alegria estar com vocês, junto com a nossa embaixadora. O nosso Estado está realizando a segunda edição do programa de intercâmbio MT no Mundo para filhos de escolas públicas. Um programa que antes era exclusivo para alunos de escolas particulares. Graças a Deus, o Governo está proporcionando isso a vocês, alunos escolhidos por mérito, porque se empenharam”, destacou o governador.
“Através do esforço e da nossa dedicação, transformamos nossas vidas. Eu estudei em Goiás, também em escola pública, fui criado em um pequeno sítio lá, e graças a Deus, a educação pública que tive em meu estado e aqui na UFMT me deu a oportunidade de estar aqui”, contou o governador.
O secretário Alan Porto falou do orgulho de ver o preparo dos alunos.
“Eles se prepararam, deram o melhor e o grande dia chegou. Conhecemos histórias de alunos que nunca andaram de avião ou sequer conheciam Cuiabá, e agora estão embarcando neste projeto grandioso. Gratidão ao governador e à primeira-dama, Virginia Mendes, por confiar esse sonho a nós”, agradeceu Alan Porto.
Na Inglaterra, os 100 estudantes farão uma imersão de 21 dias na Língua Inglesa, em um curso com 30 aulas semanais. Entre os selecionados, estão 50 estudantes que obtiveram as melhores médias na avaliação final de 2023 e outros 50 que se destacaram na Plataforma Mais Inglês, apresentando, no mínimo, quatro certificados do curso de inglês geral, composto por 16 níveis, oferecido aos alunos da Rede Estadual de Ensino.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.