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MATO GROSSO

Unidade móvel do Governo de MT para saúde da mulher realiza mais de 8,3 mil atendimentos em 2024

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A unidade móvel da saúde da mulher da Secretaria de Estado de Saúde (SES) realizou 8.307 atendimentos de janeiro a setembro de 2024. Destes, 3.187 foram para realização de mamografias, 1.684 de ultrassonografias mamárias e 1.097 exames de papanicolau, que detectam o câncer de colo de útero. A unidade está estacionada no pátio do Hospital Estadual Santa Casa, em Cuiabá, e presta atendimento exclusivo às mulheres durante todo o ano.

O secretário de Saúde de Mato Grosso, Juliano Melo, destaca o compromisso do Estado em ofertar os cuidados preventivos ao público feminino e reforça que as ações devem ocorrer durante todo o ano.

“Estamos comprometidos em ampliar o acesso das mulheres aos serviços de saúde e proporcionar diagnósticos precoces e tratamento adequado. No entanto, também é importante que todos os municípios estejam preparados para essa demanda que existe para além do mês de outubro, mês de conscientização sobre o câncer de mama. A Saúde da Mulher deve ser tratada como uma prioridade”, afirmou.

A unidade móvel de Saúde da Mulher da SES permanece no hospital devido à alta demanda existente na Baixada Cuiabana. Dentre os exames realizados, também estão mamografias bilaterais, ultrassonografias mamárias bilaterais, ultrassonografias pélvicas (ginecológicas), ultrassonografias transvaginais e coleta de cito (preventivo).

A diretora do Hospital Estadual Santa Casa, Patrícia Neves, enfatiza a importância do Outubro Rosa como um período não apenas de conscientização, mas também de ação. “É fundamental que as mulheres se sintam encorajadas a buscar atendimento. O Outubro Rosa é uma oportunidade para reforçar essa mensagem e lembrar que o cuidado com a saúde deve ser contínuo”, reforça.

Campanha Outubro Rosa

O câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres no Brasil e sua detecção precoce aumenta as chances de tratamento e cura. A campanha Outubro Rosa, promovida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), visa mobilizar a sociedade para a prevenção e detecção precoce do câncer de mama e do colo do útero.

O rastreamento mamográfico é recomendado para mulheres de 50 a 69 anos, com intervalos de dois anos. Para aquelas com histórico de câncer na família, o exame deve ser realizado anualmente a partir dos 35 anos. Além disso, hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática de exercícios, são recomendados para a prevenção. A amamentação também é um fator protetor.

Em 2024, a campanha abrange o câncer do colo do útero, o terceiro mais comum entre mulheres no Brasil, prevenido pela vacinação contra o HPV e exames regulares, como o Papanicolau.

A vacinação está disponível no SUS para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, sendo mais eficaz antes do início da vida sexual. Mulheres entre 25 e 64 anos devem realizar o exame de Papanicolau a cada três anos, permitindo a detecção precoce de lesões que podem evoluir para câncer.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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