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MATO GROSSO

Com 70% das obras executadas, governador vistoria novo Hospital Júlio Müller

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Com 70% das suas obras executadas, o novo Hospital Universitário Júlio Müller vai ampliar a capacidade de atendimento do Sistema Único de Saúde em Mato Grosso. O andamento das obras foi vistoriado, nesta segunda-feira (30.09), pelo governador Mauro Mendes, secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, e o reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Evandro Silva.

O investimento total na obra é de R$ 221 milhões, inicialmente divididos entre o Estado e o Governo Federal. O hospital terá 58,3 mil metros quadrados de área construída, sendo o maior de Mato Grosso. Serão oito blocos, com 228 leitos de internação, 63 UTI, sendo 18 pediátricos e 25 neonatais, além de 12 centros cirúrgicos, 85 consultórios, 45 salas de exame, entre outros equipamentos.

O governador Mauro Mendes destacou o estágio da obra e o serviço que o hospital irá prestar à sociedade. “O atual Júlio Müller não tem a estrutura adequada para o serviço que ele presta, para ser um hospital de referência. Estamos colocando muito dinheiro nessa obra, esperando que ela possa contribuir para o nosso Sistema de Saúde”, disse.

O reitor da UFMT lembrou que o atual hospital tem 104 leitos e 15 mil metros de área construída, números bem inferiores em relação à nova estrutura. Ele também lembrou que além do atendimento de especialidades médicas, o hospital é importante na formação de profissionais da área da saúde, como médicos, enfermeiros, psicólogos e nutricionistas.

“Esse hospital vai ser um ponto de desenvolvimento e produção de conhecimento. São 40 médicos formados por ano. Vamos poder oferecer outras especialidades que hoje não estão disponíveis, como odontologia. Além de dar assistência na saúde, a função desse hospital é a formação de excelentes profissionais”, disse o reitor Evandro Silva.

Após a conclusão da obra, o prédio será entregue para a UFMT. O Governo Federal, por meio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, será o responsável por sua administração e por colocar o novo Júlio Müller em operação.

A vistoria desta segunda-feira percorreu todos os blocos do hospital, que já foram erguidos. Alguns já estão com a estrutura quase pronta, enquanto em outros os trabalhos avançam na parte de alvenaria e instalação de equipamentos.

O secretário de Infraestrutura lembrou que a atual gestão assumiu as obras com apenas 9% do total executado e opiniões de que seria inviável construir o hospital. O prédio era mais uma das obras que estavam previstas para a Copa do Mundo de 2014, mas que não foram entregues.

“Fizemos um grande trabalho para entender quais eram os problemas que impediam essa obra de avançar, apresentar as soluções de engenharia para que mais uma obra de grande porte fosse retomada”, afirmou.

Também estiveram presentes na vistoria o deputado estadual Gilberto Figueiredo e a secretária de Comunicação, Laice Souza.

Convênio para Várzea Grande

Durante a vistoria, o governador Mauro Mendes e o reitor Evandro Silva assinaram um convênio para viabilizar a construção do campus de Várzea Grande da UFMT. A Universidade vai repassar R$ 18 milhões para a Sinfra-MT, que ficará responsável por dar andamento ao projeto.

Segundo o reitor, a medida foi tomada para que o Estado pudesse dar agilidade na obra. “Assim como o Governo se sensibilizou com o Hospital, também vai assumir as obras do campus de Várzea Grande que estavam há 10 anos paradas. Será uma grande contribuição para aquela região”, afirmou.

Segundo o reitor, o campus de Várzea Grande conta com quase 900 estudantes em cinco cursos de engenharia, além de oferecer um bacharelado de ciência e tecnologia e outros cursos de especialização.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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