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MATO GROSSO

SES inicia projeto para fortalecimento da função gestora no SUS de MT

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) concluiu, nesta sexta-feira (27.09), a primeira oficina do projeto FortaleceSES, que tem o objetivo de fortalecer a função gestora das Secretarias de Saúde de todo o país.

A iniciativa é fruto do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde.

O projeto é executado em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz e mediado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O cronograma prevê que as oficinas iniciem em 2024 e sejam concluídas em 2026, com oito módulos no total.

Realizada nos dias 26 e 27 de setembro, a primeira oficina foi conduzida por uma facilitadora do Hospital Alemão, em conjunto com o Núcleo de Gestão Estratégica para Resultados (Nger) da SES, e reuniu os representantes das áreas finalísticas da pasta.

Na ocasião, foi iniciado o debate sobre os pontos prioritários a serem trabalhados. Para o secretário de Estado de Saúde, Juliano Melo, será possível estabelecer fluxos mais exitosos ao longo dos dois anos de projeto.

“O projeto FortaleceSES tem o propósito de trazer um olhar mais atento para a função gestora dos serviços. A ideia é focar na resolução de problemas estruturantes, justamente para que diversas áreas tenham uma parcela da solução estratégica que será desenhada. Queremos fazer acontecer e garantir o máximo de resultados”, avaliou o gestor.

De acordo com a facilitadora do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Renata Buarque, o objetivo do projeto é apoiar o desenvolvimento da cultura de planejamento, monitoramento e avaliação dos instrumentos do Sistema Único de Saúde (SUS).

“O projeto busca aprimorar o processo de monitoramento e avaliação dos instrumentos de planejamento, sobretudo o Plano Estadual de Saúde e o Planejamento Regional Integrado, garantindo a descentralização e ascendência, com base territorial, como caminho para a otimização das políticas públicas de saúde”, acrescentou.

A gestora do Nger, Claudete de Souza, relatou o produto final da primeira oficina. “Além da definição do cronograma de trabalho, organizamos o levantamento de expectativas em relação ao projeto, o estímulo ao amadurecimento da prática interprofissional e do trabalho em equipe, a promoção de reflexões sobre a prática profissional e suas implicações para o planejamento em saúde, bem como o fornecimento de subsídios técnicos que favoreçam o aprimoramento da prática de planejamento na SES”, concluiu.

O grupo de trabalho do FortaleceSES terá como atribuições o planejamento e organização das oficinas, mobilização da participação dos técnicos da SES, participação das oficinas e apoiar tecnicamente o trabalho do grupo de trabalho ampliado,; realização dos cursos ofertados na modalidade de Ensino à Distância, análise e sistematização dos produtos das oficinas e monitoramento e avaliação do plano de intervenção e dos indicadores definidos pelo grupo de trabalho ampliado.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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