O Governo de Mato Grosso entregou, na manhã desta sexta-feira (27.09), o Colégio Estadual Integrado II (CEI II), no bairro Doutor Fábio, em Cuiabá. Com infraestrutura completa, a diretora da unidade, Giliane Almeida Rosa, acredita que os estudantes vão se sentir muito mais motivados a estudar.
“Nós estávamos em uma escola com pouca infraestrutura; e olha onde estamos hoje. O sentimento é de gratidão enorme e quero agradecer a todos que se empenharam para que isso acontecesse. Contamos agora com uma infraestrutura maravilhosa, completa, com tudo que precisamos. Os alunos vão se sentir ainda mais motivados com estas salas equipadas. É uma estrutura toda adaptada para incentivar uma aprendizagem diferenciada”, disse a diretora.
Este é o segundo Centro Estadual Integrado entregue pelo Governo de Mato Grosso. No total, serão cinco unidades do novo modelo para atender 7 mil alunos de mais de 50 bairros da capital mato-grossense e Várzea Grande, com investimento total de R$ 84,2 milhões.
“Hoje, como governador, confesso que estou muito realizado por entregar mais uma escola com a mesma qualidade de unidades privadas da capital mato-grossense. Aproveitem esta oportunidade que o Governo de Mato Grosso e a Secretaria de Educação estão dando para vocês. Este novo modelo, com gestão cívico-militar, será fundamental para melhorar o aprendizado de todos. Vamos construir muito mais unidades como essa para melhorar a educação na região metropolitana”, disse o governador Mauro Mendes.
Com investimento de R$ 21 milhões, a nova unidade terá a gestão compartilhada entre a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e a Polícia Militar de Mato Grosso. A escola conta com uma infraestrutura completa, com 24 salas de aula, laboratório 4.0, quadra poliesportiva, vestiários e piscina para atender 1.500 estudantes.
“Tenho certeza que com essa gestão cívico-militar e a boa estrutura que entregamos, nós vamos melhorar o aprendizado dos estudantes. Quando visitamos a unidade nas primeiras vezes, encontramos estudantes e professores desmotivados. Só que hoje o que mais ouvi foram elogios pelo que estamos entregando aqui. É este padrão que o Governo de Mato Grosso está entregando em todas as escolas estaduais”, disse o secretário de Educação, Alan Porto.
“Esta unidade é o símbolo do Estado. É uma escola acolhedora, que traz um sentimento de pertencimento. É um patrimônio público que vai produzir lucro social. Senhores alunos e professoras, esta escola é de vocês”, disse o vice-governador Otaviano Pivetta.
A nova unidade CEI também irá integrar ao Programa SER Família + Educação, criado pela primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes. A meta é fazer do CEI o ponto focal para interação entre a escola, a família e a comunidade. A intenção é contribuir com a promoção de um ambiente educacional mais colaborativo e enriquecedor, reforçando ações de inclusão, diversidade e responsabilidade social
Também estiveram presentes a primeira-dama do Estado, Virginia Mendes; a senadora Margareth Buzetti; o deputado estadual Elizeu Nascimento; o secretário de Segurança Pública, César Roveri; o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), Marcos de Sá; e demais autoridades.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.