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MATO GROSSO

Seduc inaugura estúdio audiovisual para ensino digital na rede pública

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A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) inaugurou, nesta terça-feira (24.09), o estúdio da Rede de Inovação para Educação Híbrida (RIEH), na sede da pasta, em Cuiabá.

O estúdio faz parte do programa do Ministério da Educação (MEC), que visa a implantação da RIEH em Mato Grosso, sob coordenação da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Mato Grosso aderiu à rede em novembro de 2022¿.

O núcleo é um espaço físico que busca fomentar a educação híbrida – onde parte do ensino é dado nas salas de aula, e outra pela internet – e que irá auxiliar na criação de conteúdo audiovisual para o ensino digital na rede pública, especialmente na recuperação da aprendizagem de estudantes do Ensino Médio, sobretudo em áreas rurais e comunidades indígenas e quilombolas.

Entre as propostas do estúdio, estão a produção semanal de videoaulas preparatórias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), transmissão simultânea dos “aulões” de véspera da prova por componente curricular, produção de material orientativo para inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), monitoramento do desempenho dos estudantes e podcasts produzidos por estudantes via projeto escolar.

Para que esse processo já comece a gerar resultados nos próximos dias, uma equipe da UFAL, formada por especialistas em gestão de políticas públicas e pedagogos, capacita os primeiros 200 profissionais da Rede Estadual de Ensino que vão atuar na produção, gerenciamento do conteúdo e acompanhamento dos resultados.

O secretário Alan Porto aponta que as iniciativas com o estúdio não vão melhorar apenas a qualidade do ensino, mas também preparar os alunos e professores para uma rotina escolar cada vez mais digital.

“A tecnologia já caminha junto do cotidiano da nossa rede de educação com notebooks para professores, chromebooks para estudantes, rede de internet de alta velocidade, Smart TVs em sala de aula e plataformas digitais como o Sistema Estruturado de Ensino e o mais Inglês, só para citar algumas”, completou Alan.

Estúdio produzirá conteúdo audiovisual para recuperação da aprendizagem no Ensino Médio.

O professor Dr. Ibsen Mateus Bittencourt, coordenador nacional da RIEH, avaliou que Mato Grosso está na vanguarda do ensino híbrido com esse ambiente virtual de aprendizagem, observatório e um avançado sistema de avaliação.

“É todo um arcabouço que vem sendo inserido não só com a inserção de equipamentos de estúdio, mas com diversas tecnologias educacionais para dar ainda mais robustez ao processo no qual a Seduc saiu à frente de alguns estados”, avaliou.

O secretário observou que o próximo passo será selecionar escolas para o projeto-piloto e destacou que esse formato de produção de conteúdo educacional promoverá a criatividade e as habilidades de comunicação dos alunos e dos professores.

“Além do mais, o alcance ao conteúdo que será produzido no estúdio não terá limites, pois estará disponível no canal da Seduc no YouTube”, concluiu.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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