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MATO GROSSO

Festa da Primavera celebra um ano de parceria entre Prefeitura e Vara da Infância de Cuiabá

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Para celebrar um ano de parceria entre a 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude da Capital e a Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá (SME), as crianças acolhidas nas Casas Lares do município participaram da Festa da Primavera, realizada na sexta-feira (20), na sede da Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e Juventude, no Complexo Pomeri. Com apresentações de dança e música, o evento teve como objetivo mostrar o desenvolvimento das crianças e o trabalho realizado pelos profissionais envolvidos.
 
Por meio de um termo de cooperação firmado em dezembro de 2023, são oferecidas às crianças acolhidas diversas atividades recreativas, apoio no contraturno escolar e orientações sobre alimentação saudável. A Secretaria Municipal de Educação disponibilizou pedagogos, nutricionista e dois educadores físicos para atender o público nas unidades. Além disso, foram instaladas minibibliotecas nas Casas Lares.
 
Com idades entre 2 e 12 anos, 62 crianças e adolescentes das Casas Cuiabanas 2, 3, 5 e 8 apresentaram canções sobre a estação do ano e recomeços, como “Primavera”, de Tim Maia, e “A Paz”, do grupo Roupa Nova.
 
A juíza da 1ª Vara da Infância e Juventude de Cuiabá, Gleide Bispo Santos, destacou que as apresentações celebram o primeiro ano de uma parceria de sucesso, fundamental para o desenvolvimento das crianças. “Estamos comemorando a chegada da Primavera e, ao mesmo tempo, agradecendo à Secretaria Municipal de Educação pelo trabalho realizado. Este primeiro ano foi um sucesso, estamos felizes e as crianças também. Só temos a agradecer”, declarou.
 
A magistrada ressaltou que as atividades contribuem significativamente para a melhora na qualidade de vida, aprendizado e desenvolvimento social das crianças. “Elas têm novas experiências, estão em movimento, é tudo muito saudável. Algumas chegam com atraso escolar ou no desenvolvimento, e esses profissionais conseguem trabalhar para reduzir essas diferenças. São essenciais no dia a dia das casas”, explicou.
 
A promotora de justiça Ana Luísa Barbosa da Cunha, titular da 14ª Promotoria de Justiça Civil de Cuiabá, lembrou que nem todas as crianças conseguem retornar à família de origem e, às vezes, passam por um longo período de acolhimento até encontrar uma nova família. “Vejo essa parceria como essencial, pois faz parte do direito das crianças e adolescentes acolhidos à convivência familiar e comunitária. Os profissionais interagem entre si, com as coordenações e conosco, em um trabalho conjunto que é muito valioso para os acolhidos que estão sob a tutela do Estado”, afirmou.
 
Camila Cristina Ferreira Ramos, líder do Ensino Fundamental da SME, que representou a secretária Edilene de Souza Machado, destacou que a parceria reforça o que as crianças já aprendem nas escolas municipais. “Além de trabalhar a alfabetização das crianças nas unidades iniciais, são realizadas atividades físicas e multidisciplinares, que potencializam os resultados tanto nas escolas quanto na convivência diária, permitindo que elas aprendam mais sobre os conteúdos e sobre a vida social”, citou.
 
Alice*, de 11 anos, foi uma das crianças mais animadas durante a apresentação. Ela contou que ensaiou com os colegas e está ansiosa por mais momentos como esse. “Eu gosto dessas aulas, fico ansiosa esperando. É divertido, brincamos, nadamos, fazemos esportes e ocupamos o nosso tempo”, lembrou.
 
A juíza auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso, Christiane da Costa Marques Neves, responsável por questões relacionadas à adoção, parabenizou a iniciativa e elogiou as apresentações. “As crianças são muito dedicadas, e podemos sentir o carinho e o entusiasmo delas ao se apresentar. Todos os envolvidos estão de parabéns. Faço votos para que essa parceria continue a prosperar e que novas ações floresçam”, concluiu.
 
*Nome fictício para preservar a identidade da personagem.
 
#Paratodosverem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão de pessoas com deficiência visual. Foto 1: Juíza Gleide Bispo fala aos presentes. Ela está em pé, usando um vestido preto e branco, óculos de grau e um colar de pérolas. Foto 2: Crianças estão sentadas no auditório aguardando as apresentações.
 
 
Gabriele Schimanoski
Assessoria de Comunicação da CGJ-TJMT
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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