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MATO GROSSO

Vara da Infância lança ‘Escola da Família’ para ajudar adultos a impor limites sem violência

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Teve início nesta sexta-feira (20) o curso “Escola da Família”, promovido pelo Poder Judiciário de Mato Grosso, por meio da 1ª Vara da Infância e Juventude de Cuiabá, em parceria com a Escola de Servidores do Judiciário e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP), através da Rede Cidadã. A iniciativa busca melhorar o manejo parental, oferecendo aos pais ou  cuidadores de crianças e adolescentes, além de orientações sobre como corrigir e impor limites sem recorrer a castigos físicos ou psicológicos.
 
A proposta é mudar a cultura que ainda permite o uso da violência na educação dos filhos e mostrar que, por meio do diálogo, do amor e do carinho, é possível impor limites eficazes e construir um relacionamento familiar saudável.
 
Neste primeiro momento, 28 profissionais, entre servidores da unidade judiciária, professores, psicólogos e assistentes sociais da Rede Cidadã, estão sendo capacitados. Eles, posteriormente, atuarão como multiplicadores do conhecimento para famílias com processos em tramitação na Vara da Infância e Juventude.
 
A juíza da 1ª Vara da Infância e Juventude de Cuiabá, Gleide Bispo Santos, idealizadora da capacitação, destacou a importância do projeto. “O curso visa capacitar pais e cuidadores para que eduquem seus filhos de forma humanizada, com limites, mas sem violência. Acreditamos que essa iniciativa pode transformar a vida dessas crianças e melhorar o comportamento delas, fortalecendo os vínculos familiares e, consequentemente, impactando positivamente a sociedade.”
 
A formação está sendo ministrada pela psicóloga Rita de Cássia França Teixeira Nogueira e abordará temas como regras e limites, consequências para comportamentos adequados e inadequados, relacionamento afetivo e autoconhecimento. “Não tem como cuidar de crianças e adolescentes, sem antes olhar para os cuidadores desse público. Por isso, acreditamos que quando se dá suporte para a família, acabamos prevenindo problemas de comportamento das crianças e adolescentes.”
 
Além de preparar os servidores para atuar com mais eficácia, o curso também visa fortalecer as práticas institucionais e aprimorar o relacionamento entre a Justiça e as famílias atendidas. A promotora de Justiça Ana Luiza Barbosa da Cunha, da 14ª Promotoria de Justiça Cível de Cuiabá – Infância e Juventude, destacou a relevância do projeto: “É de extrema importância mudar a cultura de que se pode bater nos filhos ou usar castigos imoderados. Precisamos mostrar que o diálogo, o amor e o carinho são caminhos eficazes para a educação.”
 
A coordenadora da Rede Cidadã, capitã PM Wilma Wellen Camilo Fernandes, destacou a colaboração entre as instituições e o impacto prático do curso na vida das famílias. “Essa capacitação é muito importante para que possamos orientar e auxiliar os pais na condução da educação dos filhos. Muitos pais, hoje, estão sem ferramentas para lidar com seus filhos. Fala-se muito sobre o que não se pode fazer, mas pouco se aborda sobre o que é permitido e como fazer. A parceria com o judiciário surgiu dessa necessidade, já que o público é o mesmo. Muitos de nossos alunos e seus pais passam pela Vara da Infância e Juventude sendo, muitas vezes, encaminhados para a Rede pelo Poder Judiciário. Essa demanda comum nos levou a firmar essa parceria para trabalharmos juntos no apoio às famílias,” comentou a capitã.
 
O curso “Escola da Família” segue até o dia 08 de novembro, terá oito encontros semanais, realizados às sextas-feiras, na Escola de Servidores do Poder Judiciário, com duração total de 32 horas.
 
#Paratodosverem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. A imagem mostra uma fotografia colorida de uma sala. A magistrada está em pé e fala aos participantes que estão sentados.
 
Alcione dos Anjos
Assessoria de Comunicação da CGJ-TJMT
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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