O governador Mauro Mendes entregou, na manhã desta sexta-feira (13.09), a duplicação de mais 18 quilômetros da BR-163, no trecho entre o Posto Gil, em Diamantino, e Nova Mutum.
“Essa duplicação vai melhorar muito a qualidade de vida das pessoas aqui na região, diminuir o custo do frete de logística para os caminhoneiros, aumentar a competitividade do nosso agronegócio e gerar mais emprego”, avaliou Mauro.
Este é o segundo trecho duplicado da BR-163 entregue pelo Governo de Mato Grosso desde que assumiu o controle da concessionária Nova Rota do Oeste, em maio de 2023. Desde então, já foram investidos R$ 1,6 bilhão para os trabalhos de duplicação da rodovia.
Os primeiros 15 quilômetros de via duplicados foram entregues em março deste ano.
“Foi algo que nunca aconteceu nesse país, um Governo Estadual assumir uma concessão federal. Por conta disso, as obras de duplicação estão acontecendo. Essa é uma obra feita com dinheiro público do Estado, que estamos cuidando e aplicando corretamente para devolver à população. As obras na BR-163 é um dos grandes exemplos de que, quando o Governo trabalha com seriedade e honestidade, a vida das pessoas melhora”, declarou.
O fluxo de veículos foi liberado em dois pontos distintos – entre o km 522 e o km 531, em Diamantino, e entre o km 577 e o km 586, próximo a Nova Mutum. Além da duplicação, a pista existente passou por recuperação, construção de acostamento e sinalização.
O presidente do Conselho de Administração da Nova Rota, Cidinho Santos, apontou que a meta é entregar toda a duplicação da BR-163 entre o Posto Gil e Nova Mutum até o final do ano.
“Para nós, é uma satisfação entregarmos esse segundo trecho de duplicação. Isso é muito importante para quem trafega por aqui. A perspectiva é de que, até o final do ano, entreguemos a duplicação de cerca de 90 quilômetros do posto Gil a Nova Mutum. Depois, vamos entregar o trecho até Lucas do Rio Verde, que já está em obras”, disse Cidinho.
No período da manhã desta sexta-feira, Mauro Mendes também vistoriou as obras da MT-240, via que vai ligar diretamente a área urbana de Diamantino até a BR-163. Quando estiver pronta, a rodovia estadual vai encurtar em 42 quilômetros a distância da área urbana do município até a estrada federal.
“É uma obra que contribui muito com o desenvolvimento regional e melhora a qualidade de vida e de logística dessa região”, pontuou Mauro sobre a MT-240.
Ainda nesta sexta-feira, no período da tarde, o governador vistoria as obras de duplicação da BR-163 em Nova Mutum. Em seguida vai para Lucas do Rio Verde para visitar os trabalhos de construções de casas do Residencial Águas do Cerrado. Por fim, às 16h, Mauro chega em Sorriso para participar da cerimônia de assinatura da ordem de serviço da duplicação de 54 quilômetros entre o município até Sinop.
Participaram também da cerimônia de entrega da duplicação de 18 quilômetros da BR-163 a senadora Margareth Buzetti, os secretários de Estado coronel César Roveri (Segurança Pública) e Laice Souza (Comunicação); o diretor-presidente da Concessionária Rota do Oeste, Luciano Uchoa; e o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, além de outras autoridades locais.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.