Nesta quinta-feira (12.09), a primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, acompanhada do governador Mauro Mendes, se reuniu com o embaixador dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Saleh Al Suwaid, durante a reunião ministerial do G20 Brasil 2024. Mato Grosso tem estreitado conexões com os EAU a partir da aproximação da primeira-dama do Estado com o Jiu-jitsu, e ganhou notoriedade na categoria como madrinha nacional do parajiu-jitsu.
Também participaram do encontro o presidente da Federação Brasileira de Jiu-jitsu Paradesportivo (FBJJP) e fundador da Associação Mato-grossense de Jiu-jitsu Paradesportivo (AMJJP), Elcirley Luz, e o vice-presidente da FBJJP Nacional e vice-presidente Internacional da World Parajiujitsu Federation (WPJJP), Mário Edson Cowboy.
No encontro, o embaixador agradeceu ao governador Mauro Mendes e à primeira-dama Virginia Mendes pela recepção e destacou o papel importante da primeira-dama do Estado na união entre os Emirados e Mato Grosso.
“Estamos felizes e honrados por estarmos aqui em Mato Grosso. Agradecemos a recepção e queremos dizer que a primeira-dama Virginia Mendes nos motivou a estar aqui. Ela tem sido muito importante no esporte de Jiu-jitsu, especialmente para pessoas com deficiência”, destacou Saleh Al Suwaid.
Na oportunidade, a primeira-dama de MT agradeceu o convite enviado pelos Emirados Árabes, por meio do Chairman Al Sayed Al Hashmi, para o grande evento de Jiu-jitsu que acontece em novembro em Abu Dhabi, onde os paratletas da Associação Mato-grossense de Jiu-jitsu Paradesportivo (AMJJP) irão competir com paratletas e atletas de alto rendimento de diferentes países.
“Estamos honrados com o convite e com certeza será uma grande oportunidade para nossos competidores representarem nosso Estado. A história do Jiu-jitsu nos Emirados é muito bonita. Todos os esportes são importantes. Graças a Deus, nosso Estado tem tido excelentes oportunidades, mas ver o parajiu-jitsu deslanchando na busca por espaço nas Paraolimpíadas é realmente motivador”, afirmou Virginia Mendes.
O governador Mauro Mendes ressaltou que o Estado e os Emirados têm boas perspectivas de negócios. “Com certeza, nossa relação com os Emirados oferece boas oportunidades em diferentes áreas. Temos o desafio de alcançar a meta de carbono negativo até 1935, e eles têm recursos e tecnologia. Em contrapartida, temos a oferta de alimentos. Com certeza, vamos fortalecer ainda mais essa conexão”, avaliou Mauro Mendes.
Jiu-Jitsu nos Emirados Árabes Unidos
Nos últimos anos, os Emirados Árabes Unidos (EAU) têm se destacado no cenário global do jiu-jitsu, transformando-se em um polo de desenvolvimento e promoção do esporte. A crescente influência dos EAU no jiu-jitsu é resultado de um investimento estratégico e visionário por parte do governo e de instituições locais, que têm desenvolvido ações para colocar o país no centro das atenções internacionais desta arte marcial.
O jiu-jitsu se consolidou nos anos 2000, quando o país começou a adotar uma postura mais ativa em relação à promoção e ao desenvolvimento do esporte. Em 2012, a criação da Federação de Jiu-Jitsu dos Emirados Árabes Unidos (UAEJJF) marcou um passo decisivo.
O país abriu as portas da inclusão e têm desempenhado um papel crucial no crescimento e na promoção do parajiu-jitsu, demonstrando um forte compromisso com a inclusão e a igualdade no esporte. Com investimentos em infraestrutura, apoio a atletas e eventos de prestígio, o país está moldando o futuro do parajiu-jitsu e se consolidando como um centro global para o esporte adaptado. Mato Grosso mantém uma relação próxima com os Emirados por meio da Federação Brasileira de Jiu-jitsu Paradesportivo (FBJJP) e Associação Mato-grossense de Jiu-jitsu Paradesportivo (AMJJP), com sede em Barra do Garças.
Atualmente 853 famílias são atendidas com o projeto em Barra do Garças, sob a liderança do fundador Elcirley Luz, também presidente da FBJJP. “Foi nos Emirados que nasceu o parajiu-jitsu, e tive a honra de ser recebido pelo Xeique Mohamed bin Zayed e o Abdulmunem Al Sayed Hashmi. Essa parceria só aumenta, e agora temos a força da inclusão em nosso Estado com o apoio da primeira-dama Virginia Mendes que em breve receberá o selo mundial da inclusão”, contou Elcirley Luz.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.