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Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
Sputnik

Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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Morre Alberto Fujimori, um ex-presidente venerado e odiado no Peru; relembre a trajetória

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Ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori morre aos 86 anos após batalha contra um câncer
Redação GPS

Ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori morre aos 86 anos após batalha contra um câncer

O ex-presidente Alberto Fujimori governou o Peru com mão de ferro entre 1990 e 2000, derrotou a guerrilha maoísta Sendero Luminoso e passou 16 anos preso por crimes contra a humanidade.

Descendente de japoneses, engenheiro agrônomo e com uma carreira bem-sucedida de professor universitário, Fujimori tornou-se em 1990 o primeiro filho de imigrantes a conquistar a Presidência do Peru, ao vencer nas urnas o escritor Mario Vargas Llosa.

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Além do câncer de língua, o ex-presidente tinha outros problemas de saúde, como fibrilação atrial, doença pulmonar e hipertensão.

Considerado racional e metódico, Fujimori aplicou a linha dura para desmantelar as guerrilhas e foi preso por violação do direitos humanos. Reconquistou a liberdade em dezembro passado, quando o Tribunal Constitucional do Peru restituiu o indulto que ele havia recebido em 2017 por razões humanitárias.

Fujimori cumpria pena desde 2009 por crimes contra a humanidade, pela morte de 25 pessoas em massacres cometidos em 1991-1992 por um esquadrão do exército.

Julgado pela História

O ex-presidente Pedro Pablo Kuczynki (2016-2018) indultou Fujimori em 2017. Em 2019, ele voltou para a prisão, após um juiz anular a medida.

“Que a História julgue meus acertos e erros”, escreveu o ex-presidente em 28 de julho de 2018, ao completar 80 anos, em manuscrito enviado à AFP, no qual expressou sua convicção de ter firmado as bases de um país que afirmou que se tornaria “líder na América Latina”.

“Nos anos contados que me restam, vou me dedicar a três objetivos: unir minha família, melhorar minha saúde no que puder e fazer um balanço equilibrado e sereno da minha vida. Essas são minhas três metas principais”, revelou Fujimori.

Marco legal 

Conhecido como “El Chino”, Fujimori tornou-se muito popular por sua luta contra o Sendero Luminoso. Mas em novembro de 2000, em meio a uma oposição crescente após dez anos de governo, ele fugiu para o Japão e renunciou à Presidência por meio de um fax, para evitar a destituição.

Fujimori detinha um poder quase absoluto após dar um “autogolpe” em 5 de abril de 1992, dissolvendo o Congresso e intervindo no Poder Judiciário, apoiado pelas Forças Armadas e por uma estratégia do seu assessor de inteligência, Vladimiro Montesinos, eminência parda do regime.

Com quatro condenações judiciais por crimes contra a humanidade e corrupção – a maior delas a 25 anos de prisão – e a saúde debilitada, Fujimori passou os últimos anos dando entrada em hospitais.

O ex-presidente foi um “herói” para muitos peruanos e um “vilão” para outros. “O governo Fujimori foi o ponto mais baixo de toda a história do Peru”, disse o sociólogo Eduardo Toche, quando ele foi condenado. “Para ele, o marco legal era o da sua vontade e a dos seus amigos, nada mais.”

Fujimori cultivou um estilo autoritário, com seu perfil de homem frio, desconfiado e pouco comunicativo. Governava com um critério de fraternidade secreta, rodeado por um pequeno círculo de colaboradores.

Essa forma de governar, sem o contrapeso de outros poderes do Estado e com o controle dos meios de comunicação, abriu as portas para a corrupção. Sua então mulher, Susana Higuchi, divorciou-se dele em 1994 e o acusou de tê-la torturado e de ter prejudicado sua saúde mental.

Libertação de reféns

Fujimori aplicou um modelo econômico neoliberal que lhe valeu o apoio de empresários, classes dominantes e órgãos financeiros internacionais, o que lhe permitiu superar a crise em que o Peru mergulhou no primeiro mandato do social-democrata Alan García (1985-1990).

O ex-presidente também derrotou a guerrilha maoísta Sendero Luminoso e o Movimento Revolucionário Túpac Amaru (MRTA), mas organizações de defesa dos direitos humanos denunciaram massacres de civis.

Um dos episódios que deram mais louros políticos a Fujimori foi a libertação de reféns do MRTA na residência do embaixador japonês, em abril de 1997. Os 14 rebeldes foram mortos, em uma operação militar elogiada por muitos governos e questionada por grupos de defesa dos direitos humanos, que denunciaram a execução dos sequestradores depois da sua rendição.

Após se refugiar no Japão, Fujimori surpreendeu ao chegar em 2005 ao Chile, que o extraditou em 2007 para o Peru, onde ele foi julgado e condenado.

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Fonte: Internacional

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