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MATO GROSSO

Laboratório de Inovação otimiza processos com validação automática de documentos para o E-carta

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em parceria com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), deu um importante passo na inovação de seus processos com a implementação de uma nova funcionalidade no Processo Judicial Eletrônico (PJe).
 
O projeto, indicado para a Meta 9 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo Laboratório de Inovação do TJMT, o InovaJusMT, busca otimizar a validação de documentos enviados pelo sistema E-Carta, uma ferramenta essencial na expedição de citações e intimações pessoais no PJe.
 
O sistema E-Carta, integrado ao PJe do TJMT desde janeiro de 2022, tem sido o principal meio de envio de correspondências oficiais, com os Correios responsáveis por sua impressão, envelopamento e envio. No entanto, o E-Carta possui diversas regras de impressão que, se não atendidas, resultam na devolução dos documentos e em retrabalho. Apenas em 2023, dos 248.085 documentos enviados pelo TJMT aos Correios, 7.546 foram devolvidos por inconsistências, ocasionando atrasos processuais.
 
Para solucionar esse problema, o TJDFT desenvolveu uma ferramenta que valida os modelos de documentos no E-Carta. Inicialmente, essa validação estava disponível apenas no formulário de criação de modelos, mas, com a colaboração do Departamento de Sistemas e Aplicações (DSA) do TJMT, a funcionalidade foi ampliada e agora também está integrada ao editor de textos do PJe.
 
O gestor de Projetos de Inovação do TJMT, Nestor José Comachio Junior, destacou a importância dessa implementação: “Na primeira etapa do nosso projeto de linguagem simples, foi feito o manual de utilização para os usuários e depois nós criamos os modelos de documentos no PJe. Mas houve uma falha porque ele não passou no E-Carta. Então, durante a expedição do documento, agora é possível verificar se ele cumpre os requisitos do E-Carta antes de você assinar o documento.”
 
Essa validação é feita automaticamente quando o usuário clica no botão “confirmar” ao finalizar o documento. Caso haja algum problema que impeça o envio pelo E-Carta, uma mensagem de erro é exibida, permitindo a correção imediata do documento, evitando o retrabalho e a perda de tempo que antes eram comuns.
 
“Hoje, na criação do modelo de documento, já se tem essa validação. Então, o que nós tivemos que fazer foi implementar a mesma validação que se tem no momento em que se cria o documento, também na produção da comunicação. Com essa validação, nós conseguimos demonstrar para o usuário, basicamente, antes de ele assinar, o que aconteceria com o documento que ele estava produzindo, se estava válido ou não”, explicou o responsável pela execução do projeto no DSA e assessor de projetos de TI, Henrique Augusto Monteiro da Silva.
 
Essa solução, adaptada pelo TJMT e que será compartilhada com outros tribunais, representa um grande avanço na modernização dos serviços judiciários. O código, desenvolvido pelo TJDFT e expandido pelo DSA do TJMT, foi implementado em 31/07/2024 no PJe, tornando sua operação imperceptível ao usuário final, mas extremamente eficiente para o sistema como um todo. “Nós fizemos essa implementação e disponibilizamos para o TJDFT para que eles também façam essa avaliação e, posteriormente, vamos incluir na versão nacional, que colaborativamente temos com os tribunais, trabalhando junto com o CNJ em divulgar essas melhorias para as próximas versões do PJe”, pontuou Henrique.
 
O diretor do DSA, Danilo Pereira da Silva, reafirmou a importância da parceria entre seu departamento e o Laboratório de Inovação para a entrega de importantes projetos. “Esse já é o quinto ou sexto projeto que estamos entregando em parceria, uma parceria que deu muito certo. E temos ainda mais alguns projetos que estamos finalizando. Posso citar um desses cinco, seis projetos que nós entregamos: o Formulário de Atermação, que veio atender diretamente o público. Foi algo muito interessante, pois fizemos essa entrega para o público lá na ponta”, salientou o diretor.
 
Com essa inovação, o InovaJusMT reafirma seu compromisso com a eficiência e a celeridade no Judiciário mato-grossense, trazendo não só ganhos de produtividade, mas também uma significativa redução de custos, beneficiando tanto os servidores quanto a sociedade.
 
Coordenadoria de Comunicação do TJMT 
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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