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MUNDO

Cerco à embaixada da Argentina em Caracas chega ao segundo dia e agrava crise diplomática

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Maduro
Luccas Diaz

Maduro

O cerco imposto pelo regime de Nicolás Maduro à embaixada da Argentina em Caracas entrou em seu segundo dia, elevando a tensão entre os seis opositores que se encontram asilados no local. Entre os asilados está Pedro Urruchurtu Noselli, chefe de campanha de María Corina Machado, a principal figura da oposição ao regime venezuelano. Noselli tem usado seu perfil no Instagram para denunciar a situação, publicando imagens de homens armados e encapuzados que, segundo ele, estão “limitando o acesso à embaixada”.

Na noite de sábado (7), Noselli relatou que o assédio à embaixada completa 24 horas e que o edifício está sem energia elétrica desde então. O cerco é uma medida que agrava a situação de estresse dos opositores presentes no local.

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A crise se agravou quando o regime venezuelano retirou unilateralmente a custódia brasileira da embaixada, uma responsabilidade que havia sido estabelecida em agosto. Em resposta, o Itamaraty afirmou que a embaixada ainda está sob proteção diplomática brasileira, conforme as Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas e Consulares, que estipulam que o Brasil continuará a defender os interesses argentinos até que a Argentina, sob o governo de Javier Milei, indique um país substituto aceitável para a representação diplomática na Venezuela.

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro destacou que “de acordo com as Convenções de Viena, o Brasil permanecerá com a custódia e a defesa dos interesses argentinos na Venezuela até que um novo representante seja designado”. O jornal *O Globo* informou que fontes do regime afirmam que não entrarão na embaixada nem violarão as normas internacionais. No entanto, a situação continua a ser uma fonte de estresse significativo para os asilados.

A comunidade internacional reagiu fortemente ao rompimento da custódia. Países como Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Panamá e Costa Rica expressaram seu repúdio à ação do regime venezuelano e pediram respeito às normas diplomáticas internacionais.

O Ministério das Relações Exteriores argentino agradeceu ao Brasil pela representação dos interesses argentinos na Venezuela, enquanto o governo chileno condenou o ato como um “sério desrespeito” às Convenções de Viena de 1961. O Uruguai também se manifestou, afirmando que a decisão representa um desrespeito aos cidadãos venezuelanos asilados, que estão sendo “assediados e proibidos de sair do país”.

Além disso, no mesmo dia, Edmundo González, um dos principais rivais de Maduro nas eleições de julho, conseguiu deixar a Venezuela e chegou à Espanha, onde recebeu asilo político. A saída de González intensifica a crise política e diplomática, complicando ainda mais a situação para os opositores que permanecem em Caracas.

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Fonte: Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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