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Agronegócio

Plano visa transformar 40 milhões de hectares degradados em áreas produtivas

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O governo federal anunciou um ambicioso plano para transformar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas em áreas agricultáveis nos próximos dez anos. Essa área é equivalente a cerca de 40 milhões de campos de futebol, espalhados por todo o Brasil. A iniciativa visa recuperar terrenos em propriedades particulares, como fazendas e plantações, excluindo áreas públicas como reservas ambientais e terras indígenas.

Atualmente, o Brasil possui 109 milhões de hectares de pastagens com algum nível de degradação. O governo já possui outros programas focados em biomas, incluindo agroflorestas, reflorestamento e financiamento ao agronegócio. O secretário de Inovação e Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa), Pedro Neto, destacou que o objetivo é restaurar áreas degradadas para intensificar a agropecuária, florestamento e produção agrícola. Ele fez essas declarações durante o evento “Brasil na COP”, organizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) em São Paulo.

A iniciativa do governo se baseia em dois pilares principais:

  1. Custo elevado: A recuperação das pastagens degradadas exige um investimento significativo, estimado em R$ 600 bilhões. A ideia é atrair investimentos privados, já que o governo não dispõe desses recursos. Segundo um estudo da USP, o agronegócio representa mais de 20% do PIB nacional, gerando mais de R$ 2 trilhões.
  2. Combate ao desmatamento: A produção agropecuária é a principal causa do desmatamento no Brasil. O programa visa incentivar os produtores a utilizar áreas degradadas, evitando a destruição de vegetação nativa.

Pedro Neto ressaltou que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, que deve ser seguida à risca. No entanto, ele destacou a necessidade de calcular os custos dos serviços florestais para incentivar a adesão dos produtores.

Apesar das boas intenções, especialistas levantam preocupações sobre a eficácia do programa:

  • Fiscalização ambiental frágil: Há receios de que o governo não consiga monitorar adequadamente as áreas, permitindo avanços ilegais sobre a mata nativa.
  • Estudos insuficientes: O mapeamento das áreas degradadas precisa ser aprofundado para garantir que realmente estão em condições de recuperação. Não há clareza sobre a exclusão de terras públicas.
  • Falta de consenso científico: Há controvérsias sobre se a liberação dessas áreas para a agropecuária é a alternativa mais sustentável, especialmente porque a criação de gado é uma das atividades mais poluentes.

Neto também destacou a importância de criar acesso a recursos financeiros e assistência técnica para os agricultores implementarem práticas sustentáveis. Ele mencionou que o Plano Clima pode fortalecer e expandir o alcance do Plano ABC+, contribuindo para a resiliência dos setores produtivos da economia nacional.

O desafio, segundo Neto, é engajar os produtores rurais, que muitas vezes estão distantes dos debates sobre mudanças climáticas e políticas nacionais.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Embrapa revela que cascudinho-da-soja ameaça safra brasileira

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Uma pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontou para o crescimento de uma praga com potencial para reduzir a produtividade da soja em até 30%, o que equivale a perdas de 8 a 10 sacas por hectare, impactando diretamente o potencial econômico das lavouras. O cascudinho-da-soja (Myochrous armatus) tem preocupado produtores rurais, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, por sua capacidade de causar danos significativos nas plantações.

De acordo com dados da Embrapa, o cascudinho atua desde as primeiras fases da cultura da soja, prejudicando as plantas já na fase de germinação. Na fase larval, a praga vive no solo e destrói as raízes das plantas, enquanto na fase adulta, o ataque se intensifica, com a alimentação no caule, hastes e pecíolos. Isso pode levar ao tombamento e até à morte das plantas, resultando em uma queda considerável na produção.

Hudslon Huben, especialista em manejo agrícola, destaca que os danos são especialmente críticos em plantas jovens. “O cascudinho ataca principalmente no início do ciclo da cultura, o que é ainda mais problemático quando ocorre em períodos de estiagem. Nessas condições, as perdas podem ser ainda mais graves, deixando as plantas enfraquecidas ou até matando-as”, explica Huben.

A identificação correta do cascudinho é um desafio para os produtores, pois a praga é similar ao torrãozinho (Aracanthus mourei). O cascudinho adulto tem coloração preto-fosca, mas pode variar de marrom a acinzentado, dependendo do tipo de solo. Suas larvas, por sua vez, são amareladas e se desenvolvem no solo.

A Embrapa, que é referência em pesquisa agrícola no Brasil, alerta para a importância do monitoramento constante das lavouras e do uso de estratégias de manejo integrado. Isso inclui a combinação de monitoramento frequente, além da aplicação de produtos químicos e biológicos registrados para combater a praga.

Fonte: Pensar Agro

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