Na noite desta sexta-feira (6), a Referência Galeria de Arte se transformou em um portal para a ancestralidade e os saberes ribeirinhos da Amazônia . A abertura da exposição Gapoiando em águas ribeiras, do artista visual Osvaldo Gaia, trouxe ao público de Brasília a oportunidade de mergulhar nas tradições e vivências dos povos caboclos e indígenas da região amazônica. Sob curadoria de Paulo Vega Jr., o evento, que ocorreu das 17h às 21h, contou com uma visita guiada que cativou os presentes.
Osvaldo Gaia, em sua primeira mostra individual na capital federal, apresentou instalações, esculturas e objetos que evocam o cotidiano da pesca e a relação de profundo respeito com a natureza. O termo gapoiando, que dá nome à exposição, é usado pelos caboclos amazônicos para descrever o ato de espantar peixes no igapó, técnica que Gaia usa como metáfora para revelar os saberes escondidos sob a superfície da água.
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
Exposição Gapoiando em Águas Ribeiras
“Cada peça é um fragmento das memórias que carrego da minha infância no Pará. É como se eu estivesse tateando esses saberes, tentando transmitir a complexidade e a delicadeza dessa relação entre o homem e a natureza”, explicou o artista.
Entre as obras mais impactantes está Mariscando no remanso das escamas, uma instalação de piso que utiliza madeira de demolição, chumbo de tarrafa e linha, simbolizando o curral de pesca. “Essa obra remete à construção coletiva dos currais de pesca, onde as famílias e comunidades se unem para garantir o sustento. É um ciclo de vida e de renovação”, comentou Gaia.
Já Garateia, uma instalação suspensa, brinca com anzóis de madeira e uma armadilha de espera, enquanto Descanso das Chumbadasevoca a paciência e o cuidado dos pescadores com seus apetrechos.
O curador Paulo Vega Jr. ressaltou a força simbólica do trabalho de Gaia, que transcende a materialidade das obras e se aprofunda nas conexões afetivas com o passado. “Os trabalhos que o artista apresenta na Referência podem ser vistos pela lente da síntese. Sua produção parte de experiências e situações reais, transformando essas vivências em um amálgama de elementos tangíveis e intangíveis, da memória à concretude”, afirmou Vega Jr.
Ele também destacou a complexidade paradoxal da poética de Gaia: “A impermanência e a transitoriedade permeiam o trabalho dele de forma curiosa, pois é quase impossível materializar algo que, por natureza, está sempre em transformação. Mas Gaia evoca isso brilhantemente.”
A exposição continua até o dia 5 de outubro e oferece uma oportunidade única para o público brasiliense se conectar com a Amazônia por meio da arte de Osvaldo Gaia, que, com sensibilidade, transforma suas memórias em um legado visual que nos convida a refletir sobre a interação entre o homem e o meio ambiente.
Confira mais cliques do evento pelas lentes de Vanessa castro:
Léo Tavares e Samantha Canovas
Thais Mello e Rosa Teles
Márcio Borsoi, Alessandra França, Osvaldo Gaia e Josiane Dias
José Rosildete e Onice Moraes
Onice Moraes e Osvaldo Gaia
Paulo Vega Jr. e Lucas Lima
Fernando Girão e Osvaldo Gaia
Sanagê, Alessandra França e Márcio Borsoi
Osvaldo Gaia, Sanagê e Onice Moraes
André Santangelo
Pedro Ernesto e Marcelo Câmara
Paulo Melo, Onice Moraes, Léo Tavares, Samantha Canovas, Osvaldo Gaia e José Rosildete
Maurício Búrigo e Alice Fenici
Glória Pimenta da Veiga e Osvaldo Gaia
Beto Osório e Osvaldo Gaia
Carlos Monaretta, Osvaldo Gaia e Rafael da Escossia
José Kizam, Onice Moraes, Paulo Vega Jr e Marcelo Câmara
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.