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MATO GROSSO

Gaeco de Barra do Garças expande atuação e mira alvos em Nova Xavantina

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A unidade do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Barra do Garças, força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo, deflagrou nesta quinta-feira (05)  a Operação “1ª Expansão”. Ao todo, foram expedidos 14 mandados, sendo nove de busca e apreensão e cinco de quebra de sigilo telefônico/telemático e informático pelo Juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital (NIPO). As ordens judiciais estão sendo cumpridas no município de Nova Xavantina (distante a 658km  de Cuiabá). 

A operação deflagrada pelo Gaeco de Barra do Garças conta com o apoio das unidades do Gaeco de Cuiabá, Rondonópolis e Cáceres, Polícia Civil e Polícia Militar do Estado de Mato Grosso por meio do 13° Comando Regional de Água Boa, envolvendo 50 agentes policiais. Segundo o GAECO, as investigações apuraram, até o momento, a participação de, pelo menos, cinco pessoas na organização criminosa. 

A apuração teve início após o Gaeco de Barra do Garças ter acesso a informações sobre  a forma de atuação da organização e identificação de alguns supostos faccionados do Comando Vermelho. atuantes na cidade de Nova Xavantina. A facção criminosa domina o tráfico de drogas e outros crimes na região, configurando a atuação de seus membros, em tese, na prática, dentre outros, dos crimes do art. 2º da Lei nº 12.850/13 e art. 33 da Lei nº 11.343/2006. Dando continuidades às apurações, foram tomadas as medidas jurídicas que culminaram com as ordens judiciais de buscas e apreensões e outras medidas expedidas na operação realizada nessa quinta-feira.

O termo “1ª Expansão”, que se refere ao nome da operação, é em alusão ao fato de que o Gaeco- Unidade de Barra do Garças – está expandindo suas Investigações além dos limites da comarca de Barra do Garças, com objetivo de abranger todas as cidades do Vale do Araguaia.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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