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Agronegócio

Vazio sanitário termina, mas calor, seca e queimadas podem prejudicar plantio

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A onda de calor que atinge o Brasil está trazendo grandes desafios para os agricultores, especialmente com o fim do vazio sanitário em várias regiões do país, como Paraná, São Paulo e Mato Grosso. Com um cenário climático incerto e condições adversas, o final do vazio sanitário em 2024 marca o início de uma safra que promete ser desafiadora para os produtores em diversas regiões do Brasil.

As altas temperaturas, que ultrapassam os 40°C em estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e a seca prolongada estão criando um ambiente desfavorável para o início do plantio, previsto para setembro. A umidade relativa do ar tem caído para níveis críticos, abaixo de 10% em algumas áreas, o que agrava ainda mais a situação.

Com o término do vazio sanitário, os agricultores estarão autorizados a iniciar o plantio. No entanto, as condições climáticas adversas podem forçar os produtores a adiar essa etapa essencial para garantir o desenvolvimento saudável das culturas. O bloqueio atmosférico sobre o Brasil central está provocando essa onda de calor intensa, e mesmo práticas como o plantio direto, que ajudam a proteger as sementes do calor e preservar a umidade no solo, dependem de um mínimo de umidade para serem eficazes.

No Paraná e em partes de São Paulo, onde o vazio sanitário se encerrou em 1º de setembro, os produtores poderiam teoricamente começar a semear. No entanto, a recomendação é de cautela. A falta de umidade no solo e o alto risco de incêndios tornam as operações de manejo agrícola arriscadas. Sem uma previsão concreta de chuvas para as próximas semanas, o plantio em condições normais está ameaçado.

Em Mato Grosso, o vazio sanitário termina em 7 de setembro, e em Mato Grosso do Sul, em 16 de setembro. Contudo, a falta de perspectiva de chuvas mantém os agricultores em estado de alerta. Muitos optam por adiar o plantio na esperança de que as condições climáticas melhorem, evitando perdas significativas na produtividade das lavouras.

O Brasil iniciou o mês de setembro com mais de 154 mil focos de calor registrados este ano, segundo o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Na comparação com os dados divulgados no último boletim do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), no último sábado (31), os focos de calor continuam avançando pelos biomas brasileiros. Até o dia 27 de agosto, já haviam sido captados pouco mais de 112 mil focos de calor no país.

Embora a Amazônia seja o bioma mais atingido, devido à extensão de seu território, o município mais afetado foi Corumbá, em Mato Grosso do Sul. O maior número de frentes de fogo está na Amazônia, que concentra 42,7% dos focos registrados no domingo (1º) e na segunda-feira (2).

A previsão é que a temperatura baixe e as chuvas retornem a partir de 19 de setembro, mas até lá, os produtores precisam avaliar cuidadosamente o melhor momento para iniciar o plantio.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Fiagros alcançam R$ 41,7 bilhões e ganham força no mercado de capitais agroindustrial

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Os fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros) seguem em ritmo acelerado de crescimento, consolidando-se como uma alternativa promissora para o agronegócio dentro do mercado de capitais. Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que, desde a criação dos Fiagros em 2021, o patrimônio desses fundos multiplicou-se quatro vezes, alcançando R$ 41,7 bilhões até agosto de 2024. Apenas neste ano, o setor registrou um aumento de 5,3%, comparado aos R$ 38 bilhões registrados em dezembro de 2023.

Os Fiagros vêm atraindo atenção por permitirem que investidores se exponham ao setor agroindustrial brasileiro, diversificando suas carteiras com potencial de retorno financeiro. Entre agosto de 2023 e agosto de 2024, o número de Fiagros aumentou 58%, chegando a 116 fundos ativos no mercado. Esse avanço reflete a popularidade crescente desses fundos, que são beneficiados por incentivos fiscais e regulamentações favoráveis, fatores que também contribuíram para o fortalecimento do setor desde sua criação.

Além dos Fiagros, outros instrumentos financeiros ligados ao agronegócio também mostram desempenho positivo. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) cresceram 6,1%, totalizando R$ 487 bilhões, enquanto as Cédulas de Produto Rural (CPRs) aumentaram expressivos 33,5%, somando R$ 398 bilhões. Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs) também registraram crescimento de 14,9% e 25,8%, respectivamente.

Apesar do cenário promissor, o mercado de Fiagros enfrenta desafios, como a alta taxa de juros e os impactos de eventos climáticos, que afetam o fluxo de caixa dos produtores e elevam o risco de crédito. Outro fator observado é a queda nos dividendos, que hoje se aproximam dos valores de fundos imobiliários tradicionais, com uma diferença de apenas 0,8%, comparada aos 2,2% em 2023.

Fonte: Pensar Agro

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