Pablo Marçal (PRTB) foi obrigado pela Justiça a publicar um vídeo de Guilherme Boulos (PSOL) nas redes sociais. Os dois são candidatos à Prefeitura de São Paulo em 2024.
Marçal chegou a entrar com recurso da decisão, mas o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral em São Paulo) negou na última terça, 27. Considerou-se que o ex-coach fez, sim, acusação caluniosa contra Boulos; o TRE-SP votou de forma unânime no direito de resposta.
Porém, como a Folha mostrou, Marçal, na verdade, leu sobre uma ação de um homem com o mesmo nome de Guilherme Boulos — mas sem nenhuma associação ao candidato psolista.
Marçal participou do Roda Viva, da TV Cultura, na segunda, 2. Ele disse que as acusações são verdadeiras e que mostrará provas em breve.
Boulos nega uso de drogas
No vídeo publicado nas redes de Marçal, Boulos diz que a acusação é “invenção absurda” do opositor. Comentou que isso é “mexer com a honra e a família das pessoas [e isso] não se faz.”
Boulos informou que suas duas filhas em idade escolar chegaram a sofrer ameaças e hostilidade no meio acadêmico após o ataque de Marçal.
Boulos diz: “Todo mundo sabe que essa é uma acusação absolutamente mentirosa, desrespeitosa. Agora, infelizmente, tem gente que ganha a vida com isso. Não seria muito melhor tentar atrair a atenção das pessoas com proposta em vez de mentira e ataque?”
Publicação “escondida”
O vídeo de Boulos foi publicado na segunda à noite. Até o começo da tarde da terça, 3, o vídeo já ultrapassou as 6 milhões de visualizações.
Marçal, ao publicar o vídeo, escolheu uma capa preta (não mostrando no feed o take de Boulos explicando que é um direito de resposta) e fez 19 outros posts na sequência para “descer” o do psolista.
Regras de direito de resposta
As leis do direito de resposta exigiram que, além de publicar a resposta de Boulos, Marçal deverá veiculá-la pelo dobro do tempo do que passou os vídeos com acusações sem prova.
Além disso, ele deverá realizar o mesmo tipo de impulsionamento das publicações anteriores.
Nelson dos Santos Pereira Junior, promotor eleitoral, disse que há “indícios de prática de crimes eleitorais” nas falas de Marçal. O Ministério Público Eleitoral de SP e a Polícia Federal abriram inquérito para investigar possível crime eleitoral de Marçal contra Boulos.
“Por consequência, na forma como veiculadas, essas publicidades ressaltam atingimento à honra e à imagem do autor, passível de potencialmente induzir o eleitorado em erro em relação a ele (autor), também candidato ao cargo de prefeito do município de São Paulo,” diz voto do relator.
Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.
Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.
Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.
Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.
O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.
O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.