O inquérito policial mostrou que Maria percebeu diversos sinais de declínio na saúde da filha (dor de estômago, enjoo, falta de apetite, etc) e, mesmo dias depois e “de forma consciente e voluntária, deixou de procurar a assistência médica necessária, se firmando ‘apenas’ na crença e fé religiosa.”
O Ministério informou, na denúncia, que Maria sabia que Janaína tinha diabetes e mesmo assim “se recusava a fornecer alimentação e cuidados básicos à adolescente, além de maltratá-la, o que a levou a ficar em grave estado de saúde e em estado de subnutrição”.
Além dos sinais de subnutrição, a menina apresentava diversas marcas de maus tratos, como queimadura, mancha e privação de alimentação – o que causava “intenso sofrimento”.
Vida familiar e morte
Janaína morava com a mãe e a irmã mais nova. A menina chegou a ser resgatada em 5 de janeiro de 2023 após a irmã denunciar ao pai delas os maltratos e pedir ajuda.
Ela foi imediatamente levada ao Hospital Regional de Planaltina e, depois, para a UTI do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Chegou a ser transferida para o Hospital de Sobradinho, onde morreu em 29 de janeiro.
A garota morreu de sepse (infecção generalizada), pneumonia necrotizante e pielonefrite aguda – todos possivelmente decorridos dos maus tratos que sofreu.
O pai da menina abriu processo pela custódia da irmã mais nova de Janaína. A advogada dele, Samira Pereira Lourenço dos Santos, informou que anteriormente houveram denúncias dos maus tratos. (O pai ganhou guarda em novembro de 2023, e a mãe foi proibida de ver a filha).
“Esse é um caso que precisa de visibilidade, tendo em vista que existiram várias denúncias ao Conselho Tutelar, que demorou muito para tomar providências cabíveis, assim como já ocorreu em outros casos semelhantes,” disse a advogada.
“Infelizmente, isso custou a vida de uma criança, a quem o órgão deveria zelar, e esperamos que a justiça seja feita”,
A mãe Maria tem esquizofrenia paranoide. Entre os sintomas, estavam a ideia de que era perseguida e episódios de agressividade extrema. Esses geravam insônia, falta de higiene, declínio em autocuidados, redução de apetite e hipertimia.
Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.
Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.
Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.
Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.
O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.
O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.