A Justiça da Venezuela emitiu, nesta segunda-feira (2), uma ordem de prisão contra Edmundo González, 75 anos, candidato da coalizão opositora nas eleições presidenciais que declararam Nicolás Maduro como vencedor. A decisão atendeu um pedido do regime de Maduro, que vem sendo tratado como uma ditadura desde que ele foi declarado o vencedor das eleições em 2024.
A ordem de prisão contra Edmundo González foi expedida após o opositor não comparecer a uma audiência marcada para a última sexta-feira (30), dia em que a Venezuela enfrentou um apagão nacional. Segundo o Ministério Público, a ausência dele, que já havia desobedecido outras intimações, levou as autoridades a considerá-lo um “risco de fuga e de obstrução”, justificando o mandado de prisão.
O clima entre o líder da oposição e o regime de Maduro vem esquentando desde o dia da eleição, quando Edmundo se declarou o vencedor, mas as urnas apontaram o atual presidente como o vencedor. Desde então, ele vem sendo cobrado por toda a comunidade internacional, inclusive o presidente do Brasil, Lula (PT), que não o aceitaram como presidente eleito da Venezuela e cobram a apresentação das atas das urnas.
González assumiu a candidatura da oposição depois que María Corina Machado, líder da coalizão, foi impedida de concorrer, o que já aumentou o clima de hostilidade e fez a comunidade internacional apontar que não havia transparência e democracia no país.
Ele criticou publicamente o Ministério Público, acusando-o de atuar como um “acusador político” e alertando que seria submetido a um julgamento “sem garantias de independência ou devido processo legal” caso atendesse à intimação, por isso optou por não comparecer ao local indicado.
Edmundo González enfrenta acusações que incluem desobediência às leis, falsificação de documentos públicos, conspiração, usurpação de funções e sabotagem. Se condenado, o candidato opositor poderá enfrentar até 30 anos de prisão. Um porta-voz de González afirmou à agência Reuters que ele não foi oficialmente notificado sobre o mandado de prisão.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.