O astronauta da Nasa Butch Wilmore, que ficará no espaço até novembro por erro na cápsula que o levou à Estação Espacial Internacional, pediu ajuda no último sábado após perceber “ruídos estranhos” saindo da caixa de som da espaçonave Starliner.
Técnicos da Nasa em Houston, no Texas, foram acionados após o mistério intrigar outros astronautas em órbita.
“Tenho uma pergunta sobre a Starliner”, Wilmore comunicou via rádio para o Controle da Missão, no Centro Espacial Johnson, em Houston. “Há um ruído estranho vindo do alto-falante… Não sei o que está causando isso.”
O astronauta preso disse que não sabia se havia alguma anomalia na conexão que pudesse causar os sons. Ele pediu aos coordenadoras em Terra se podiam verificar o ocorrido, minutos depois, o Controle da Missão respondeu via rádio que estavam conectados para ouvir o áudio dentro da Starliner.
Wilmore colocou seu microfone próximo à saídas de som e algo pode ser ouvido. “Era como um ruído pulsante, quase como um som de sonar”, relata o astronauta em gravação do áudio e da conversa de Wilmore com o Controle da Missão.
“Vou fazer mais uma vez, e deixarei vocês coçarem a cabeça para tentar descobrir o que está acontecendo. Certo, agora é com vocês. Chamem-nos se descobrirem o que é” , diz o astronauta no áudio capturado e compartilhado por um meteorologista Rob Dale.
Preso
Após mais de dois meses de dificuldades, a Nasa anunciou que os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams retornarão à Terra em fevereiro de 2025 a bordo da missão Crew-9 da SpaceX, dirigida por Elon Musk.
Os dois astronautas estão na Estação Espacial Internacional (ISS) há mais de dois meses, enquanto a missão originalmente estava prevista para durar aproximadamente oito dias.
A nave Starliner, da Boeing, na qual eles deveriam voltar, apresentou problemas significativos durante o acoplamento à estação e, por isso, será enviada de volta sem tripulação.
A Nasa informou que a decisão de adiar o retorno foi tomada em conjunto com especialistas da Boeing, que avaliaram que a Starliner representava riscos consideráveis para a tripulação.
O problema principal foi identificado no módulo de serviço da Starliner, uma parte da espaçonave descartada durante o retorno à Terra, e que necessita de uma avaliação detalhada enquanto ainda está no espaço.
Os problemas incluem a falha de vários propulsores do sistema de controle de reação, que são cruciais para orientar a nave ao deixar a estação e para a preparação da queima necessária para a reentrada na atmosfera terrestre. Recentemente, equipes da NASA e da Boeing realizaram testes com um propulsor em White Sands, Novo México, e também avaliaram o desempenho dos propulsores enquanto a nave estava acoplada à ISS.
Embora os testes tenham fornecido informações úteis, a NASA ainda não tomou uma decisão definitiva sobre o retorno dos astronautas.
Além do adiamento da Revisão de Prontidão de Voo, a NASA destinou aproximadamente R$ 1,7 milhão à SpaceX em 14 de julho para um “estudo especial de resposta a emergências”.
Desde então, a agência enfrenta intensos debates internos sobre a segurança da tripulação. Alguns engenheiros argumentam que, diante das incertezas com a Starliner, seria mais seguro optar pelo retorno na Crew Dragon, que já completou 12 missões de ida e volta com sucesso.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.