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Israel tem greve geral para exigir acordo sobre os reféns

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Israel, 2 de setembro de 2024: salas de embarque quase vazias no aeroporto internacional Ben Gourion, em Tel Aviv, devido à convocação de uma greve geral para exigir um acordo sobre a libertação dos reféns.
AFP – GIL COHEN-MAGEN

Israel, 2 de setembro de 2024: salas de embarque quase vazias no aeroporto internacional Ben Gourion, em Tel Aviv, devido à convocação de uma greve geral para exigir um acordo sobre a libertação dos reféns.

Israel vive nesta segunda-feira (2) uma greve geral que visa pressionar o governo de Benjamin Netanyahu a obter a libertação dos reféns sob poder do movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza .

O sindicato Histadrut convocou a paralisação depois que o Exército anunciou, no domingo (1º), que encontrou os corpos de seis reféns assassinados na Faixa de Gaza, após quase 11 meses de conflito.

O anúncio militar também provocou grandes protestos para exigir um acordo que inclua a libertação dos reféns .

A adesão à greve, no entanto, não foi igual em todas as cidades: em Tel Aviv e Haifa as autoridades informaram que as escolas permaneceriam fechadas até 11h45, enquanto em Jerusalém e Ashkelon não aderiram à mobilização.

Os transportes públicos, administrados por empresas privadas, foram parcialmente afetados pela greve.

No aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv, dezenas de passageiros aguardavam nos balcões de check-in durante a manhã, depois que vários voos sofreram atrasos.

O presidente do Histadrut, Arnon Bar-David, afirmou no domingo que a greve pretende “frear o abandono dos reféns”. “Cheguei à conclusão de que apenas a nossa intervenção pode sacudir aqueles que precisam de ser sacudidos”, acrescentou.

Há vários meses, Catar, Egito e Estados Unidos, países que atuam como mediadores do conflito, tentam convencer o Hamas e Israel a aceitarem um acordo de cessar-fogo que inclua a libertação de reféns e de prisioneiros palestinos detidos por Israel. Mas, até o momento, as negociações não apresentaram resultados.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reunirá nesta segunda-feira com negociadores americanos para discutir “os esforços para alcançar um acordo que garanta a libertação dos reféns”, informou a Casa Branca.

No domingo, Biden declarou que estava “arrasado” com a notícia de que entre os corpos dos seis reféns encontrados estava o do americano-israelense Hersh Goldberg-Polin.

“Acerto de contas”

A guerra em Gaza começou no dia 7 de outubro.

Naquele dia, milicianos islamistas do Hamas realizaram um ataque ao sul de Israel que resultou em 1.205 vítimas fatais, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses.

Além disso, os combatentes islamistas sequestraram 251 pessoas: 97 continuam retidas em Gaza e 33 morreram, segundo o Exército israelense.

Em resposta ao ataque, Israel prometeu destruir o Hamas e lançou uma vasta ofensiva de retaliação que já deixou 40.786 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas desde 2007.

A pressão da população israelense para que o governo negocie um acordo de libertação dos reféns não para de aumentar e o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, declarou no domingo que terá um “acerto de contas” com o Hamas, considerado um movimento terrorista por Israel, Estados Unidos e UE.

Segundo o Ministério da Saúde de Israel, os resultados da autópsia indicam que os reféns morreram devido a ferimentos de tiros à queima-roupa entre quinta e sexta-feira.

Mas um dirigente do Hamas, que falou sob a condição de anonimato, disse que vários reféns “morreram por tiros e bombardeios dos ocupantes” israelenses, e que alguns deles estavam na lista de pessoas que seriam libertadas no âmbito de um potencial acordo de cessar-fogo.

Vacinação contra pólio

Em Gaza, apesar dos danos da guerra, que mergulhou os 2,4 milhões de habitantes do território em uma situação humanitária catastrófica, começou a campanha de vacinação contra a pólio.

A operação acontece graças à implementação de “pausas humanitárias” entre 6H00 e 14H00 durante três dias em vários pontos do território palestino.

A meta é imunizar mais de 640.000 crianças com menos de 10 anos.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 72.611 crianças foram vacinadas no primeiro dia de campanha.

Ao mesmo tempo, Israel prossegue com a operação militar na Cisjordânia, território palestino separado da Faixa de Gaza, ocupado por Israel desde 1967.

A operação começou na quarta-feira e matou pelo menos 24 palestinos, a maioria combatentes, segundo o Ministério da Saúde palestino. O Exército israelense afirma que todos eram “terroristas”.

O Hamas e seu aliado Jihad Islâmica, outro grupo armado, afirmaram que pelo menos 14 mortos lutavam em suas fileiras.

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Fonte: Internacional

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Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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