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MATO GROSSO

Operação Sicários cumpre 26 mandados judiciais contra o crime organizado em Peixoto de Azevedo

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A Delegacia da Polícia Civil de Peixoto de Azevedo deflagrou, na manhã desta quinta-feira (29.08), a Operação Sicários para cumprir 14 ordens de prisão temporária de integrantes de uma organização criminosa, investigados por delitos como homicídios e tráfico de drogas no município. Também foram cumpridos outros 12 mandados de busca e apreensão.

Três dos alvos da operação estão detidos por outros crimes. O grupo é investigado por homicídios dolosos tentados e consumados, tráfico de drogas e por integrar organização criminosa.

Entre os homicídios praticados pelo grupo criminoso está o de Jaderson Henrique Barbosa Morais, de 21 anos, ocorrido em 26 de janeiro deste ano. A vítima foi morta com disparos na cabeça por um grupo armado, que invadiu a residência no momento em que Jaderson e outras três pessoas comiam uma pizza.

De acordo com a delegada Layssa Crisóstomo de Paula Leal, a investigação apurou que os crimes contra a vida tentados e consumados ocorridos no município, no primeiro semestre deste ano, estão, em sua grande maioria, relacionados a uma briga entre duas facções criminosas por espaço no comércio de drogas.

Durante o cumprimento das buscas, em endereços na cidade de Peixoto de Azevedo, foram apreendidos com um dos alvos munições de arma de fogo e porções de maconha. Ele foi em flagrante pelos crimes de posse ilegal de munição de uso restrito e posse ilegal de munição de uso permitido. Com outro alvo de prisão temporária, os policiais civis apreenderam um simulacro de arma de fogo.

A operação contou com um efetivo de 40 policiais das delegacias que compõem a Regional de Guarantã do Norte.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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