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MATO GROSSO

Polícia Civil indicia sete envolvidos em sequestro e morte de vítima em Nobres

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A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Nobres, esclareceu o homicídio de um jovem, que estava desaparecido no município e teve o corpo localizado no último domingo (25.08). Sete pessoas tiveram o envolvimento identificado no crime, sendo um maior de idade preso em flagrante e uma adolescente apreendida.

Os investigados foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, associação criminosa, organização criminosa e corrupção de menores, os quais possuem previsão de penas que somadas variam de 12 a 40 anos de reclusão se condenados.

As investigações iniciaram na tarde de domingo (25), após o corpo da vítima, Juan Pablo da Silva, de 19 anos, ser localizado em um terreno baldio na cidade de Nobres.

Durante as diligências para apurar os fatos, foi levantada a informação de que a vítima e um amigo foram sequestrados por membros de uma organização criminosa, na sexta-feira (23), enquanto estavam na feira da cidade.

O grupo criminoso tinha o objetivo de aplicar punições às vítimas, que supostamente estariam envolvidas com uma facção criminosa rival. Durante o tempo em que estiveram em poder dos criminosos, as vítimas foram torturadas psicologicamente, ameaçadas e suas intimidades violadas mediante o vasculhamento de seus aparelhos celulares.

Após mais de cinco horas em poder dos criminosos, Juan Pablo foi morto a pauladas e possivelmente envenenado com uma mistura de droga com bebida alcoólica. A outra vítima foi liberada pelos criminosos sob ameaça de morte caso denunciasse o caso à Polícia.

As investigações conduzidas pelo delegado Rogério Gomes apontaram que as vítimas eram usuárias de drogas e possuíam proximidades com integrantes de ambas as facções criminosas em atividade na região.

Desta forma, um dos motivos do crime seria a disputa pelo comando do tráfico na região, sendo que integrantes da facção criminosa denominada acreditavam que as vítimas estavam colaborando com o grupo rival e pretendiam, além de puni-las, facilitar a localização de um desafeto pertencente a outra facção.

“Durante as investigações apurou-se o envolvimento de ao menos sete suspeitos, sendo um deles maior de idade preso em flagrante e uma adolescente apreendida. Os demais fugiram da ação policial, no entanto serão objetos de medidas investigativas próprias, inclusive com pedido de prisão preventiva dos demais investigados”, disse o delegado.

Após a conclusão das investigações, o inquérito será encaminhado ao Poder Judiciário em Nobres, onde ficará à disposição do Ministério Público a quem caberá a análise e possível oferecimento de denúncia contra os investigados.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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