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Agronegócio

Fogo e gelo: temperatura continua causando extremos no País

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A massa de ar frio que ainda atua sobre o Brasil nesta quarta-feira (28.08) traz desafios significativos para o agronegócio, principalmente por conta da variação de temperaturas que vai da chuva gelada à neve com temperaturas abaixo de zero ao calor extremo – acima dos 40 graus – e à seca.

A combinação de geadas no Sul e Sudeste e o calor extremo no Centro-Oeste traz desafios significativos para os produtores rurais. No Sul, há a previsão de geadas para a faixa central de Santa Catarina e do Paraná pode causar perdas nas plantações, com temperaturas mínimas chegando a 3ºC. A geada, que ocorre quando uma fina camada de gelo se forma nas superfícies devido à intensa redução de temperatura e alta umidade, pode danificar culturas sensíveis, como hortaliças e frutas.

No Centro-Oeste, as altas temperaturas e a baixa umidade do ar representam um risco para a saúde das plantas e a produtividade das lavouras. Em Cuiabá, por exemplo, a máxima prevista para esta quarta-feira é de 37°C, enquanto em Campo Grande os termômetros devem registrar 33°C. Essas condições extremas podem acelerar o que os cientistas chama de “evapotranspiração” – processo de perda de água do solo por evaporação e perda de água da planta por transpiração -, exigindo maior irrigação e manejo cuidadoso das culturas.

Segundo os meteorologistas o aquecimento global está acelerando a velocidade da circulação de massas de ar entre o sul do Brasil e a Antártida. Conforme a temperatura se eleva no inverno brasileiro por conta de alterações no clima, o ar quente entra no continente gelado com mais facilidade, abrindo caminho também para as frentes frias subirem até o sul da Amazônia.

Por conta disso o inverno tem sido de extremos. As regiões Sul, Sudeste e boa parte do Centro-Oeste têm experimentado dias de muito calor, seguidos de períodos de extremo frio, causando prejuízos incalculáveis para o agronegócio.

Para mitigar os impactos climáticos, os produtores rurais têm adotado diversas estratégias. No Sul, a utilização de técnicas de proteção contra geadas, como a irrigação por aspersão e o uso de coberturas plásticas, pode ajudar a minimizar os danos às plantações. Já no Centro-Oeste, a implementação de sistemas de irrigação eficientes e o monitoramento constante das condições climáticas são essenciais para garantir a saúde das lavouras.

Além disso, a diversificação de culturas e a escolha de variedades mais resistentes ao calor e à seca são medidas importantes para aumentar a resiliência do agronegócio frente às mudanças climáticas. A integração de tecnologias, como sensores de umidade do solo e drones para monitoramento das plantações, também tem se mostrado eficaz na gestão dos recursos hídricos e na otimização da produção.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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