Nesta segunda-feira (26), a Rússia lançou o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início do conflito, que já dura dois anos e meio. A ofensiva envolveu o disparo de mais de 200 mísseis e drones, atingindo Kiev e diversas outras cidades ucranianas.
Na capital ucraniana, Kiev, foram registradas pelo menos sete explosões. Os moradores buscaram refúgio nas estações de metrô enquanto os bombardeios intensificavam. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o comandante da Força Aérea da Ucrânia, Mykola Oleshchuk, confirmaram que esta foi a maior ofensiva aérea da Rússia desde o início da guerra. Zelensky apelou para que os países europeus aumentem o suporte com sistemas de defesa aérea e mísseis para enfrentar a ameaça russa.
“É crucial que nossos parceiros cumpram os compromissos que fizemos juntos, especialmente em relação aos sistemas de defesa aérea. Devemos unir nossos esforços para abater os mísseis e drones russos”, declarou Zelensky.
De acordo com Oleshchuk, os sistemas de defesa aérea ucranianos conseguiram interceptar 102 dos 127 mísseis lançados e 99 dos 109 drones. Oleshchuk descreveu o ataque como “o mais maciço” desde o início do conflito, incluindo ofensivas aéreas, terrestres e navais.
Canais do Telegram relataram explosões em várias regiões da Ucrânia. Em Lutsk, no noroeste, um prédio de apartamentos foi atingido por um bombardeio. Os governadores das regiões de Odessa e Zaporizhzhia, no sul, e de Kharkiv, no nordeste, também relataram explosões e instruíram os moradores a buscar abrigo.
Na região de Poltava, no centro do país, cinco pessoas ficaram feridas devido a um ataque contra uma área industrial, conforme relatado pelo governador Filip Pronin. A operadora ucraniana de energia DTEK anunciou cortes na rede elétrica em resposta aos ataques.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.