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Mário Glória Filho: a importância do autocuidado para preservar a ética profissional do psicólogo

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Mário Glória Filho: a importância do autocuidado para preservar a ética profissional do psicólogo
Redação GPS

Mário Glória Filho: a importância do autocuidado para preservar a ética profissional do psicólogo

Artigo de Mário Glória Filho

Nesta terça-feira (27), é comemorado o Dia Nacional da Psicóloga e do psicólogo, data em que celebramos os profissionais que dedicam a sua vida a cuidar do bem-estar e da saúde emocional de outras pessoas. Os profissionais, por terem um compromisso com a sociedade, prestam o cuidado ético, responsável e humano aqueles que procuram um auxílio para preservar a saúde mental..

A carreira em psicologia tem se tornado cada vez mais procurada. Enquanto as matrículas no nível superior, em geral, apresentaram um declínio de 3% nos últimos 10 anos, as matrículas nos cursos de psicologia no Brasil, no mesmo período, apresentaram um crescimento de mais de 110% (Matos & Rocha, 2023), alcançando um lugar de proeminência e notoriedade nunca visto antes.

Podemos atribuir essa procura à reestruturação da forma como a sociedade enxerga a profissão, passando a valorizar cada vez mais as habilidades profissionais dessa categoria.

Embora nosso trabalho permita-nos obter grande satisfação pessoal, a jornada de nossas carreiras é marcada por diversos desafios que requerem resiliência, paciência e capacitação técnica.

Com frequência nos deparamos com a necessidade de adaptação a questões socioculturais, constante atualização profissional, pacientes desafiadores, observação da estrita confidencialidade do trabalho e desenvolvimento de habilidades de gerenciamento empresarial, para quem possui consultório ou clínica.

Além disso, horas a fio de escuta e de intervenção clínicas podem provocar uma sensação de apatia e fraqueza (Wise & Barnett, 2016), o que requer cuidado constante.

Todos esses desafios, somados a estressores da vida quotidiana e às vulnerabilidades individuais de cada profissional, colocam os psicólogos e psicólogas como uma categoria com grande risco de burnout e traumatização vicária, podendo levar ao declínio da capacidade e da disposição em ajudar outras pessoas.

Logo, o autocuidado está diretamente relacionado à manutenção do comportamento ético e da competência técnica na profissão. Por assim ser, a Associação de Psicologia Americana (APA, 2010) sustenta que a falta de autocuidado do profissional pode comprometer os valores base da profissão: fidelidade, autonomia, justiça, não fazer mal e fazer o bem.

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Desta forma, é importante que nós, enquanto categoria profissional, estejamos sintonizados com princípios (Wise & Barnett, 2016) que guiem nossas ações em direção ao bem-estar pessoal para, então, poder cuidar de outros com qualidade e comprometimento.

O primeiro desses princípios inclui a visão do autocuidado como uma responsabilidade individual, questionando-se: “Estou sendo para mim o que sou para os outros?”.

O segundo é a autorreflexão como forma de monitoramento individual, fazendo questionamentos do tipo: “O que faz um bom/mau dia de trabalho para mim?”, “Como percebo os primeiros sinais de estresse em meu corpo?”.

O terceiro é valorizar-se, aplicando as estratégias e técnicas ensinadas aos pacientes em si mesmo. O quarto é focar nos benefícios e privilégios da profissão, praticando a gratidão pelos aspectos que mais agradam na atividade.

O quinto é reconhecer e aceitar as dificuldades e mazelas inerentes ao ofício, desenvolvendo uma visão menos romantizada do trabalho.

O sexto é o cuidado básico com o corpo: dormir bem, comer bem, exercitar-se e descansar.

O sétimo é nutrir-se de relações seguras, acolhedoras e verdadeiras. O oitavo é estabelecer limites claros entre a vida e horários profissionais e pessoais. O nono é procurar atividades genuinamente reparadoras, capazes de manter a vitalidade e o engajamento.

O décimo é realizar a terapia pessoal como uma base para o desenvolvimento como pessoa e como profissional. O décimo-primeiro é conectar-se com fontes de valor e significado autênticas, como práticas meditativas e de reflexão; e, por último, cultivar permanentemente a criatividade diversificando e inovando constantemente a atividade profissional.

Parabéns às (aos) mais de 530 mil colegas Brasil afora que dedicam a sua vida a cuidar do bem-estar e da humanidade de outros. A paixão por fazer a diferença e por prestar serviços de qualidade, baseados na ética profissional, no respeito aos Direitos Humanos e na ciência psicológica de qualidade, deve sempre continuar orientando as nossas ações!

Sobre o autor

Mário Glória Filho é Mestre em Psicologia Social pela Universidade de Brasília (PSTO – UnB), em Brasília, DF, Brasil; professor do curso de graduação em Psicologia do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) em Brasília, DF, Brasil; especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em Porto Alegre, RS, Brasil; psicólogo pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), em Brasília, DF, Brasil; psicólogo clínico de adolescentes, adultos e idosos em consultório particular em Brasília, DF e Manaus, AM, Brasil; bacharel em Relações Internacionais pela Universidade Católica de Brasília (UCB), em Brasília, DF, Brasil.

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Fonte: Nacional

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Nova pesquisa mostra PP na liderança na OAB-MT; Gisela despenca e Xênia cresce

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Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.

Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.

Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.

Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.

O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.

O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.

 

Fonte: OAB MT

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