O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), a mais alta corte do país, validou oficialmente nesta quinta-feira (22) o resultado das eleições de 28 de julho e reconheceu a vitória do líder chavista Nicolás Maduro.
Com a decisão, a corte, considerada um braço do governo chavista no Judiciário, rejeita a contestação da oposição e confirma a eleição de Maduro.
Segundo nota, o TSJ ratificou na sentença a sua competência sobre as eleições e afirmou que a decisão se baseia nos resultados da avaliação do material eleitoral entregue pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
“A perícia determinou plana coincidência com as atas da apuração”, diz a decisão, que rejeita as alegações de fraude da oposição e não cabe recursos.
A juíza Caryslia Rodríguez, que leu a sentença, afirmou ainda que, como não compareceu a audiências convocadas pelo tribunal, o candidato da oposição Edmundo González desacatou a justiça e, portanto, estará sujeito a punições.
Desde a noite da eleição presidencial, o CNE alega que Maduro recebeu pouco mais da metade dos votos, embora não tenha publicado os números completos. Por sua vez, a oposição publicou o que diz ser 83% das urnas de votação, as quais dão a vitória para González, com 67% dos votos.
“O país e o mundo conhecem sua parcialidade [TSJ] e, por extensão, sua incapacidade de resolver o conflito; sua decisão só agravará a crise”, escreveu o opositor a Maduro nas redes sociais.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.